Promotor diz que desvio de verbas na CMA era “infantil” e “fácil de descobrir”

Da redação, Joângelo Custódio

 

O promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público de Sergipe, Henrique Cardoso, um dos cabeças da primeira fase da operação “Indenizar-se”, que investiga desvios de verbas indenizatórias por parte de 15 vereadores da capital, disse que a suposta fraude cometida pelos parlamentares era tão fácil de ser descoberta que a taxou de “infantil”.

 

O suposto esquema consistia em contratos fictícios de locação de veículos e assessoria jurídica. “A fraude era tão infantil ou crente na impunidade que muitos veículos locados sequer existiam. Outros eram de placas pertencentes a amigos, ou seja, era uma fraude de fácil percepção e constatação e que vinha se perpetuando dentro da Câmara de Vereadores há muitos anos”, destaca Henrique.

 

Para o promotor, essa primeira fase constitui em buscas e apreensões para complementar o material em posse da promotoria e do Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap).

 

“Outras fases virão para que possamos confirmar todo esse quadro probatório. Ao menos 15 vereadores estão envolvidos nessa situação, um escândalo envolvendo diversas pessoas”, concluiu.