Maria diz que votou consciente pelo afastamento de Dilma
Ao votar favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), a senadora Maria do Carmo Alves(DEM) disse que o fez com plena consciência e convencida da responsabilidade da petista em relação aos crimes praticados por ela e denunciados ao longo dos últimos meses e devidamente investigados pelas instâncias adequadas.
“Na verdade, não estava ali votando porque era Dilma,pois poderia ser qualquer outro presidente. O fato é que tomamos uma decisão, convicta da necessidade de o Brasil voltar a crescer, ter a sua confiança retomada e o seu povo voltar a ter orgulho de ser brasileiro”, justificou Maria.
A democrata destacou a sua crença de que o novo presidente, Michel Temer (PMDB) trabalhará nessa perspectiva. “Ele já demonstrou, ao longo dos últimos meses, o seu compromisso com o Brasil e com os brasileiros”, disse. De acordo com ela, a crise gerada nas gestões do PT e alargada no Governo de Dilma não está sanada, “mas não podemos negar que ela vem sendo freada. Que o país tem voltado aos trilhos do crescimento e da estabilidade econômica”.
Para a parlamentar sergipana, era inaceitável continuar no “desgoverno”, pois as consequências tendiam a se agravar muito mais e se tornarem insustentáveis. “O Brasil estava sendo destruído. Empresas consolidadas fechando as suas portas, deixando milhares e milhares de pais de família sem emprego e sem esperança. Não podíamos mais conviver com isso”, argumentou Maria do Carmo.
Abstenção
No que se refere à sugestão de inelegibilidade da ex-presidente, também, apreciada pela Senado, Maria revelou que se absteve por considerar que todo cidadão tem direito a uma segunda chance para poder avaliar os erros e consertá-los, se assim desejar.
“Não me abstive pensando politicamente, pensando se ela iria voltar, ou não, como candidata em 2018. A minha posição foi como mulher e mãe”, disse, acrescentando que o erro e o crime de responsabilidade foram reconhecidos por 61 senadores, “mas penso que Dilma pode reconstruir a vida, assim como todos os brasileiros que tiveram suas vidas afetadas pela crise, também, o farão”.
Fonte: Assessoria