Maria, Amorim e Valadares votam pelo impeachment; veja trechos dos discursos
Agência Jornal de Notícias
Joângelo Custódio
A bancada sergipana no Senado votou a favor e contribuiu para a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Agora, o Senado terá até 180 dias para julgar o processo contra a presidente. Nesta etapa, são necessários 54 votos para Dilma perder o mandato. O vice Michel Temer (PMDB) assumiu seu lugar interinamente nesta quinta (12). Ele é a 41ª pessoa a ocupar o cargo de presidente do Brasil.
Pronunciamentos
O senador Eduardo Amorim (PSC) foi o primeiro sergipano e o 21º a discursar na tribuna e defender seu voto de apoio ao processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT). Em seu discurso, ele voltou a afirmar que a saída do governo petista será a saída do povo brasileiro.
"Este impeachment só está ocorrendo porque a presidente não soube respeitar a Constituição e as leis. Não soube respeitar os demais poderes. Não soube respeitar, sobretudo, o povo brasileiro. Os crimes de responsabilidade praticados trouxeram as piores consequências para o país e para o povo. Espero que os brasileiros possam recolher os ensinamentos deste triste período de nossa história”, destacou Amorim.
Valadares
Antônio Carlos Valadares (PSB) foi o 47º senador a discursar. Já era madrugada do dia 12. Na tribuna, ele criticou o modelo presidencialista. “Não foram poucas as vezes em que alertei que nosso presidencialismo de coalização estava falido. Cheguei até a apresentar uma PEC para instituir o recall. Se tivesse sido aprovada, o próprio eleitorado decidiria hoje o afastamento”.
Maria do Carmo
Já Maria do Carmo (DEM) fechou a sequência da bancada sergipana. Ela foi a senadora de número 51 a se pronunciar antes da histórica votação. Para ela, o desemprego e a falta de governo propiciaram para a saída da presidente. “A falta de governabilidade, a grave crise econômica, atingiu a classe trabalhadora e hoje mais de 11 milhões de desempregados não sabem como voltar para casa sem o sustento de sua família. Estamos aqui para corrigir os erros do governo”.