Mais quatro vereadores serão ouvidos hoje pelo Departamento de Ordem Tributária
Os vereadores Marcos Max Prejuízo (PSB), Anderson Santos da Silva, o "Anderson de Tuca" (PRTB), Agnaldo Feitosa (PR) e Jailton Santana (PSDB), prestarão depoimento hoje (5) no Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), no caso das verbas indenizatórias. Ontem, foram interrogados os vereadores Adriano Oliveira Pereira, o "Adriano Taxista" (PSDB), Agamenon Sobral (PHS) e Emmanuel Nascimento (PT), sendo que os dois primeiros usaram o direito constitucional de permanecerem calados e só se pronunciarem em juízo. Com as ouvidas desta terça-feira, outros oito vereadores ainda prestarão depoimento ao longo da semana.
De acordo com o que vem sendo apurado pelo Deotap, que atua em conjunto com o Ministério Público Estadual (MPE), 15 vereadores estariam envolvidos no desvio de verbas indenizatórias. No suposto esquema, que teria sido montado juntamente com o ex-vereador e advogado Alcivan Menezes, contratos fictícios de locação de veículos ou de assessoria jurídica eram utilizados para comprovar junto a Câmara Municipal de Aracaju (CMA) o pagamento das verbas indenizatórias.
Em depoimentos colhidos pelo Deotap e MPE, proprietários de veículos, cujas placas figuram na relação de carros locados a vereadores pela empresa Elo, ligada a Alcivan Menezes, revelaram que os bens nunca saíram de suas posses e desconhecem o aluguel. “Estes carros nunca saíram da posse dos reais proprietários. Entretanto, foi a locação desses veículos que justificou o pagamento das verbas indenizatórias”, informou a delegada Danielle Garcia, durante a deflagração da operação “Indenizar-se”, ocorrida na quinta-feira passada.
Em entrevista coletiva à imprensa o promotor de Justiça, Henrique Cardoso, que compõe do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MPE, disse que a função de Alcivan no esquema de desvio das verbas indenizatórias da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) era o de “lavar o dinheiro”.
Segundo o promotor, ele era o responsável por fornecer as notas fiscais para comprovar o pagamento dos valores referentes aos supostos serviços prestados. “Ele era o braço econômico ou seja era aquele que dá a nota para saída do dinheiro com o apoio de um dos vereadores investigados”.