Ligação com Cunha pode afastar André da liderança do governo
Da redação, AJN1
O deputado André Moura (PSC-SE), líder do governo por influência de Eduardo Cunha (PMDB), pode perder o cargo de mandatário na volta do recesso parlamentar. Segundo informações de bastidores que o AJN1 teve acesso, os partidos da base aliada, chamados de "Centrão" não se conformam com a falta de experiência e ausência de "pulso forte", além da associação de sua imagem a Cunha, que foi afastado do cargo acusado de atrapalhar as investigações da Lava Jato, na qual o deputado é réu em uma ação e investigado em vários procedimentos.
Com Rodrigo Maia (DEM-RJ) eleito na presidência da Câmara, dizem as fontes, o PSB e PR teriam iniciado uma manobra para defenestrar Moura. Além de sua imagem estar ligada ao ex-presidente da Casa, também é apontado como fator preponderante o fato de Moura pertencer a um partido de pouca expressão em Brasília, como é o caso do PSC, o mesmo do senador Eduardo Amorim, já que a sigla tem apenas oito deputados na bancada.
Entre as críticas de seus aliados, também pesa sobre os ombros do sergipano a sua fraca atuação nos expediantes de votação do regime de urgência do projeto da renegociação da dívida dos Estados com a União. O resultado não foi apreciado pelo presidente interino Michel Temer: na primeira votação o governo teve 253 votos, quando precisava de mais 4 para aprovar o requerimento. Ponto negativo, dizem os críticos.
Mancha na justiça
André Moura também foi alvo de duas ações civis públicas ingressadas pelo Ministério Público de Sergipe. Em uma delas, foi condenado por improbidade administrativa em primeira e segunda instâncias e recorreu ao Superior Tribunal de Justiça.
O processo está aguardando o voto da relatora Assusete Magalhães desde setembro de 2015. Em 2014, também foi multado pelo Tribunal de Contas da União.
Sem contato
Procurada, a assessoria de Comunicação de André não foi localizada até às 17h30. A AJN1 disponibiliza o e-mail: ajn1@correiodesergipe.com para retorno da assessoria.