Justiça do Rio prorroga prisão de cinco ativistas e manda soltar dois menores
A Justiça do Rio aceitou pedido feito pela Polícia Civil e prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária de cinco manifestantes presos em operação deflagrada na véspera da final Copa do Mundo.
Na terça-feira (15), o desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal, aceitou pedido de habeas corpus para 12 dos 19 ativistas presos.
Os ativistas beneficiados com a liberdade ainda permanecem no presídio de Bangu, aguardando a burocracia –os alvarás de soltura têm de ser enviados ao Fórum de Bangu e os presos têm de ter sua ficha criminal levantada antes de serem postos em liberdade.
Manifestação na Final da Copa 2014
A decisão de estender a prisão foi tomada pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, o mesmo que havia expedido os mandados de prisão. Sua medida, no entanto, não pode ser aplicada aos 12 que foram liberados.
Ao longo da tarde desta quarta-feira, dois menores que também foram presos na operação do último sábado participaram de audiências na 1ª Vara da Infância e da Juventude e tiveram sua prisão relaxada. Eles serão postos em liberdade nos próximos dias. A informação foi confirmada à Folha no início da noite pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
As defesas dos manifestantes que não tiveram habeas corpus concedido já protocolaram seus pedidos de liberdade. Eles também serão apreciados pelo desembargador Siro Darlan.
Entre os que permanecem sem ter liberdade concedida estão a ativista Elisa de Quadros Pinto Sanzi, conhecida como "Sininho", Camila Jourdan, coordenadora da pós-graduação em Filosofia da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Igor Pereira D'Icarahy, que participou da ocupação da Câmara dos Vereadores do Rio, em agosto passado, Tiago Teixeira Neves da Rocha e sua namorada, Eduarda Oliveira Castro de Souza.
Segundo a Polícia Civil, Camila Jourdan e Igor D'Icarahy teriam sido encontrados com uma bomba caseira e gasolina no local onde foram presos.
Os 19 manifestantes foram presos no último sábado (12), um dia antes da final, em uma investigação que corre na DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática), desde setembro do ano passado.
O juiz da 27ª Vara Criminal, Flávio Itabaiana, emitiu pedido de prisão temporária por cinco dias de 26 pessoas, com base nas investigações que apontavam havia indícios de formação de quadrilha armada pelo grupo e de que planejavam atos violentos na manifestação marcada para o dia da final do torneio.
ERRO
Nesta terça-feira (15) a justiça concedeu 13 habeas curpus aos presos, mas apenas 12 dos 19 ativistas foram liberados. O que houve foi um engano e um dos presos teve dois habeas corpus expedidos em seu nome.