João diz que operação Indenizar-se foi “superestimada” pelos órgãos investigativos

Da redação, AJN1

 

Durante entrevista na manhã desta quinta-feira (7), o prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), pronunciou-se sobre a operação “Indenizar-se”, que investiga desvios de verbas indenizatórias na Câmara de Vereadores da capital.

 

Para João, os órgãos de investigação estão superestimando os fatos e não se pode comparar com o escândalo das verbas de subvenções da Assembleia Legislativa.

 

“Tive a oportunidade de conversar com alguns colegas vereadores. O caso foi superestimado pelos órgãos. Não há nada de comparação com o que aconteceu na Assembleia Legislativa, foi uma coisa muito mais simples. A meu ver, estão superestimando os fatos que ocorreram lá. Os vereadores não fizeram nada de corrupção. Na minha avaliação, não sou especialista do Poder Judiciário nem do Ministério Público, não aconteceu gravidade maior”, avaliou o prefeito.

 

Segundo João, o Brasil passa por escândalos gravíssimos de corrupção, a exemplo da operação Lava Jato, e qualquer assunto que sugira arranhar a imagem de um político, acontece alarde por parte da sociedade.

 

“O mau exemplo do Brasil está vindo de cima para baixo, com a corrupção de Brasília. Eu não pensei em estar vivo para presenciar esses escândalos nacionais. Hoje, qualquer coisa que apareça na mídia e que a pessoa não entenda, já diz que é corrupção e faz alarme grande”, ponderou.

 

Indenizar-se

 

A operação “Indenizar-se”, deflagrada no último dia 31 de março, pelo Departamento de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) e Ministério Público Estadual, investiga supostos desvios de verbas indenizatórias na Câmara de Vereadores da capital, envolvendo 15 parlamentares e três empresários.

 

De acordo com a delegada do Deotap, Danielle Garcia, os vereadores recebiam as verbas para locar veículos e contratar advogados, mas, no final, ficavam com o dinheiro mediante contratos fictícios.