Imprensa nacional lembra que André é réu em 3 ações penais
Da redação, AJN1
Após ser escolhido por pelo presidente da República interino, Michel Temer, para ser o novo líder do governo na Câmara, o deputado federal André Moura (PSC-SE) ganhou as páginas dos jornais país afora nesta quarta-feira (18).
A imprensa brasileira fez questão de lembrar que o principal aliado de Eduardo Cunha (PMDB) é réu em três ações penais no Supremo Tribunal Federal sob a acusação de desviar dinheiro público. Além disso, André é investigado em pelo menos três outros inquéritos, a exemplo de suposta participação em tentativa de homicídio e no esquema de corrupção da Petrobras. André também já foi condenado em Sergipe por improbidade administrativa.
Mas as denúncias recebidas por unanimidade pela segunda turma do Supremo Tribunal Federal envolvem crimes de apropriação, desvio ou utilização de bens públicos do pequeno município de Pirambu, na gestão do então prefeito Juarez Batista dos Santos, no período de janeiro de 2005 a janeiro de 2007. André foi prefeito da cidade por dois mandatos, tendo antecedido Juarez.
De acordo com as denúncias, a prefeitura pagou compras de gêneros alimentícios em estabelecimentos comerciais que foram entregues na residência e no escritório político do deputado.
Ainda de acordo com as denúncias, entre janeiro de 2005 e julho de 2007, Juarez deixou à disposição de André celulares, cujas contas foram pagas com recursos da cidade. Ainda conforme as denúncias, uma frota de veículos, com motoristas, teria sido destinada para servir a fins particulares e políticos de André.
Homicídio
Sobre a tentativa de homicídio, o caso começou a partir da delação premiada do então prefeito Juarez dos Santos, que procurou a Polícia Civil para denunciá-lo. À época, Juarez contou que recebeu pressão de Moura para manter todo o controle de Pirambu.
Com a suposta ameaça, passou a indicar a maior parte dos secretários municipais e continuou a usar os carros e telefones funcionais da Prefeitura Além disso, fazia compras em mercados pagas pelo Prefeitura e continuou a indicar funcionários fantasmas e receber salários mensais, também custeados pela Prefeitura, entre R$ 30 mil e R$ 50 mil.
Na Lava Jato
André Moura também passou a ser investigado no STF em um dos inquéritos da operação Lava Jato, que apura a suposta ligação de Eduardo Cunha com o esquema de corrupção da Petrobras.
Nega tudo
André Moura nega todas as acusações e suspeitas. “As afirmações do Ministério Público baseiam-se somente nas acusações de um ex-prefeito de Pirambu, desafeto político, que as fez com a clara intenção de tentar me prejudicar, apresentando denúncias falsas, jamais confirmadas através de qualquer prova material. Não há provas de envolvimento na suposta tentativa de homicídio”.
Sobre a Lava Jato, Moura disse na imprensa nacional que respeita o Ministério Público e Janot, mas que "não enxerga motivo para o pedido de investigação", já que as acusações, diz, não se referem a corrupção, mas "por ter sido André Moura ‘agressivo’ e ter 'humilhado', nas palavras do procurador-geral, os dirigentes do Grupo Schahin na convocação destes, feita no ano passado, pela CPI da Petrobras, da qual era sub-relator".