Governo e membros sindicais reúnem-se novamente, mas negociações não avançam

 

O Governo do Estado voltou a se reunir com representações sindicais na tarde de ontem (6). Desta vez, um novo grupo de representantes dos 16 sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores de Sergipe (CUT/SE) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) foram recebidos pelo vice-governador, Belivaldo Chagas, no Palácio dos Despachos, para expor a real situação do Estado e buscar soluções conjuntas.

O vice-governador ouviu as reivindicações das categorias e reafirmou o compromisso com a reabertura da mesa de negociações, através de uma comissão permanente que irá debater e garantir a transparência das ações e finanças do Estado. As próximas reuniões do grupo, no entanto, ocorrerão de forma unificada com todos os representantes sindicais.

“Temos um grupo de aproximadamente 30 sindicatos, em um primeiro momento recebemos um ofício pedindo a reabertura da mesa de negociação, assinado por 14 sindicatos. Foi exatamente esse grupo que a gente recebeu no início da semana. Então, hoje, recebemos este outro grupo com uma nova solicitação de pedido para conversar”, explicou Belivaldo.

Os sindicatos ficaram encarregados de elaborar um documento com suas solicitações para serem trabalhadas na próxima reunião a ser realizada com a participação de representantes das secretarias de Estado da Fazenda e Planejamento.

O reajuste salarial, uma das principais pautas de reivindicações das categorias, foi colocado em debate novamente. “No primeiro momento, temos uma preocupação extrema com tudo aquilo que gera impacto, é só verificar que já tivemos dificuldade para pagar a folha de julho, que será concluída em 10 de agosto. Não quero ser repetitivo, mas todos conhecermos a realidade do estado e não podemos ser irresponsáveis e nos comprometermos agora para mais tarde não podermos pagar o nosso servidor. Coloco-me a disposição para esclarecer qualquer dúvida que persista em vocês”, disse o vice-governador.

Para o presidente da CUT/SE, Rubens Marques o fato do Governo abrir esse canal contínuo de conversação é fundamental. “Conseguimos estabelecer hoje, aqui, um compromisso para criar um portal da transparência onde vamos ter acesso a todas as informações. Com informações na mão, obviamente, fortalecemos o debate. Então, esse ato foi muito importante para os trabalhadores não só por conta da discussão da questão salarial, mas para abrir um canal de negociação com outros parâmetros a partir da transparência”, avaliou.

O cenário econômico do país também foi tema da reunião, uma vez que depois do déficit da Previdência, que cresceu 600% nos últimos anos, passando de R$ 100 milhões, em 2008, para R$ 890 milhões em 2015, o contexto econômico é um dos fatores que dificultam a recuperação das contas do Estado.

 

Com informações da ASN

Foto: Marcelle Cristinne/ASN