Gilson Andrade defende verbas de subvenções e rechaça delação de Mundinho

AJN1

 

O deputado estadual pelo PTC, Gilson Andrade – um dos delatados pelo ex-deputado Mundinho da Comase sobre as verbas de subvenções da Assembleia Legislativa –, disse em nota no início da tarde desta sexta-feira (31), que "rechaça as acusações" e se diz “vítima de uma mentira”.

Ele disse que está à disposição da Polícia Civil e do Ministério Público para prestar os esclarecimentos que se fizerem necessários na busca da verdade. Gilson chamou as palavras de Mundinho de “covardia e fraqueza moral tenta justificar sua conduta criando factoides".

 

Gilson, assim como  os deputados estaduais Augusto Bezerra (DEM), Capitão Samuel (PSL), Paulinho da Varzinhas (PT do B) e Goretti Reis (DEM), foram delatados pelo ex-deputado estadual Mundinho da Comase (PSL). Segundo o delator, 70% de todo o dinheiro das verbas de subvenção voltavam para os deputados e que os saques eram feitos por Augifranco Vasconcelos e repassados aos parlamentares por meio de cheques ou transferências bancárias emitidos pela empresa MP-10, de Ygor Henrique.

Leia a nota na íntegra:

“Desde o início, a questão relativa às verbas de subvenções da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe foi tratada como algo criminoso, ruim, imoral e ilegal. Este estigma que lhe foi lançado está longe de ser verdadeiro.

Através desses repasses, milhares de pessoas foram beneficiadas e muito se fez em locais e áreas nas quais o Estado era e é absolutamente ausente. Entretanto, alguns, enxergando a inegável e pontual má utilização dessas verbas, por diversos motivos (uns louváveis outros não, uns pessoais outros não), empunhando a baioneta da moralidade, se lançaram numa verdadeira “caça às bruxas” de Deputados.

Alguns sem perceber estão sendo utilizados de forma sistemática e invisível para enfraquecer e desqualificar o Parlamento Sergipano, tentando passar à sociedade a imagem de que todos os Deputados são igualmente corruptos, ruins e maus.

Nessa missão, num replique tosco do que ocorre na esfera nacional, se utilizam agora em Sergipe, de forma distorcida e irregular, do que denominam ser uma “delação premiada” (instrumento que na realidade é absolutamente diverso do que está sendo aqui utilizado).

Dando falsas esperanças a quem esperanças não tem, a “delação premiada” está sendo distorcida e utilizada como forma de coação e como permissivo aos irregularmente presos na busca pela liberdade através da construção de factoides e de mentiras.

E é isso que essas afirmações são: FACTOIDES E MENTIRAS. Desafio qualquer cidadão a PROVAR que recebi de volta qualquer valor destinado às Associações por mim indicadas à Assembleia.

Como homem público que estou, em respeito à minha família, em respeito aos meus eleitores e em respeito a uma história de vida pautada no trabalho honesto, venho a público rechaçar as afirmações de quem, como estratégia de defesa e para furtar-se à sua responsabilidade, CONSTRUIU FACTOIDES.

Mesmo sendo vítima de uma mentira, hei de me conter ao impulso de desqualificar (com verdades) meu acusador. Não sou DEUS para julgar-lhe; não sei a quem ele serve, nem me compete analisar as razões e os porquês dele ter vendido mentiras para sair da prisão.

O momento difícil pelo qual a família dele passa, pede prudência e exige silêncio; e a instauração de polêmicas com declarações minhas que, naturalmente, seriam raivosas, em nada contribui para a elucidação dos fatos; em nada me soma, em tudo me diminui. Estou tranquilo. Descanso sobre a verdade. Confio na Justiça.

Como cidadão abaixo da Lei que sou e como homem do interior, simples e comum que me orgulho em ser, estou à disposição da Polícia Civil e do Ministério Público para prestar-lhes os esclarecimentos que se fizerem necessários na busca da VERDADE; esperando deles, da sociedade e da imprensa, em respeito à minha história, à minha família e à minha trajetória de vida política, tratamento cauteloso, prudente, parcimonioso e reto; para que eu não seja condenado por palavras vazias de quem, por orientação superior, desespero, covardia, fraqueza moral ou falta de opção tenta justificar sua condenável conduta criando factoides.

Reitero o desafio que alguém prove que recebi de volta qualquer valor destinado as associações por mim indicadas à Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe, bem como que me associei com outras pessoas para fins ilícitos, ao tempo que me coloco à disposição da Justiça.

Pauto a minha vida sob a ótica do trabalho duro, da honestidade, da solidariedade social, amor a família e em respeito ao Estado Democrático de Direito”.

 

Deputado Gilson Andrade (PTC)

Aracaju, 31 de julho de 2015.

 

Foto: Alese