Em encontro com médicos, Edvaldo diz que Saúde será prioridade
“Nosso principal foco na gestão, caso sejamos eleitos, será a Saúde. Sabemos que será preciso uma reconstrução completa. Nosso compromisso é recuperar a gestão pública, recuperar a dignidade dos servidores”. A declaração é do candidato a prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), em encontro realizado no Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), nesta terça-feira (30). Acompanhado da candidata a vice-prefeita, Eliane Aquino (PT), ele apresentou seu Programa de Governo e respondeu aos questionamentos dos médicos.
Em sua apresentação, Edvaldo se comprometeu em acabar com a terceirização em setores essenciais da gestão, além de afirmar que fará um estudo aprofundado das contas municipais para viabilizar a realização de concurso público. O candidato pediu a colaboração da categoria para formular um projeto que permita a permanência dos médicos na rede municipal.
Ao fazer um diagnóstico da Saúde no município, Edvaldo destacou a diminuição da cobertura da Equipes de Saúde da Família. “De 2010 a 2012, a média era de 82%. A partir de 2013, a média caiu para 75%. Em março deste ano, a cobertura reduziu ainda mais, para 62,81%”, disse. Ele também denunciou que as equipes estão atuando acima da capacidade prevista, atendendo duas ou três vezes mais que o preconizado pelo Ministério da Saúde
Outro dado alarmante apresentado por Edvaldo Nogueira foi a redução das consultas. “As consultas médicas desabaram de 488 mil em 2012 para 238 mil em 2015, enquanto as consultas de outros profissionais, caíram de 480 mil para 176 mil”, ressaltou. Ele também chamou a atenção para a diminuição da oferta em média complexidade: “os diagnósticos por ultrassonografia caíram de 51 mil em 2012 para 32 mil em 2015, já os diagnósticos por radiologia, que eram 192 mil em 2012 reduziram para 163 mil no ano passado”.
“Há ainda outros problemas: agentes comunitários de Saúde estão desviados de sua função originária e assumindo, num de seus turnos de trabalho, a função administrativa; há baixo suporte de pessoal em atividades como recepção e marcação de exames; existem sérios problemas na manutenção predial e substituição de mobiliário; pouco aproveitamento ou perda de importantes recursos de origem federal, além das obras da Maternidade do 17 de Março paralisadas”, complementou.
Data-base salarial
Ao falar das duas propostas de trabalho, caso seja eleito, Edvaldo defendeu o retorno da data-base salarial dos servidores para janeiro. “Já fiz na minha gestão, então repetirei. Não sei se será possível fazer isto no primeiro ano, pois sei que o início da administração será para reestruturar a prefeitura, mas me comprometo em devolver a data-base para o primeiro mês do ano”, disse.
Sobre a contratação das Organizações Sociais, o candidato disse ser contra. “As OSs não resolveram os problemas da Saúde. Então, não tem porque darmos prosseguimento. Tem muita contratação precária na rede de urgência de Aracaju. A gente precisa montar um quadro permanente de servidores. Na ação prática da gestão, quero recuperar a dignidade da política, mostrar que tem gente séria e ética na política”, reforçou.
Propostas
São propostas de Edvaldo e Eliane para a Saúde recuperar a estrutura física da rede; implantar o programa “Melhor em Casa”, com vistas ao atendimento domiciliar de pacientes acamados e que demandem procedimentos especiais; fortalecimento do programa “Consultório de Rua” e integração aos demais níveis de atenção; ampliar a capacidade do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO); realizar levantamento epidemiológico para diagnóstico da atual situação de saúde bucal da população de Aracaju e, posteriormente aos investimentos, comparar os avanços e desafios.
Além disso, os candidatos se comprometem com a reorganização e recomposição das ofertas da rede de Saúde Mental, além de recuperar a estrutura dos Centros de Atenção Psicossocial, e retomar ou implantar programas voltados à atenção materno-infantil, cuidado à pessoa com deficiência, saúde do idoso, doenças crônicas e não transmissíveis, e doenças emergentes e negligenciadas, como Dengue, Zika e Chikungunha.
Fonte: Assessoria