Edvaldo Nogueira é recebido pelo reitor da UFS em café da manhã
O pré-candidato a prefeito de Aracaju Edvaldo Nogueira, foi recebido nesta sexta-feira (12), com um café da manhã na reitoria da Universidade Federal de Sergipe (UFS), oferecido pelo reitor Angelo Roberto Antoniolli. Estiveram presentes os pró-reitores da UFS, diretores de departamentos e representantes de todos os campi da instituição, dos hospitais universitários, além de professores.
A conversa também contou com a presença ilustre do professor doutor Eduardo Garcia, que foi reitor justamente na época em que Edvaldo cursava Medicina na universidade e dava os seus primeiros passos no movimento estudantil. Foi justamente desse passado que o atual reitor fez questão de lembrar. “Edvaldo passou pela UFS, depois saiu para fazer sua militância política, mas sempre se manteve em defesa da universidade pública e de uma sociedade mais justa”, ressaltou Antoniolli.
O papel da UFS no desenvolvimento da sociedade foi um dos temas mais abordados no café da manhã. “A universidade não pode ser hermética, precisa estar sempre conectada com a comunidade. Nós temos hoje 30 mil alunos, 45 programas de mestrado, 15 de doutorado, 3 mil alunos mestrandos ou doutorandos. Essa quantidade grande de conhecimento gerado nesta casa não pode ficar trancado na sala, numa gaveta”, afirmou o reitor, que também pensa a universidade pública como ferramenta de transformação social.
Edvaldo Nogueira se disse bastante emocionado pela calorosa recepção que teve na UFS, um lugar histórico na sua militância política. “Na minha época, os estudos básicos de medicina aconteciam na rua Villa Cristina e a parte prática no Hospital Cirurgia, em Aracaju. Hoje eu chego aqui e vejo uma UFS crescendo tanto, abrangendo cada vez mais gente, com campus da Saúde até em Lagarto”, destacou o pré-candidato, que acabou deixando o sonho de ser médico no 5º ano de curso para se integrar à luta por um Brasil melhor.
“A luta contra a ditadura me chamou, foi mais forte para mim. Eu até por ser do interior, de uma cidade que, na época, não tinha democracia, nem liberdade, era muito contra o autoritarismo e a violência”, afirmou Edvaldo, que é nascido na cidade alagoana de Pão de Açúcar, mas que veio para Aracaju ainda adolescente para estudar.
“Foi isso que me mobilizou para largar a Medicina e me filiar ao PCdoB. Foi uma opção que eu parei, pensei e percebi que poderia colaborar na construção de uma política melhor, de uma sociedade mais justa. E foi a Universidade que me deu isso, régua e compasso”, relembrou.
O pré-candidato do PCdoB chamou a atenção ainda para a contribuição da UFS para o projeto de reconstrução de Aracaju como capital da Qualidade de Vida. “Os índices de IDH, de mortalidade infantil, mortalidade materna, todos estes índices, a gente elevou, fomos até premiados. A ideia de eu ser candidato novamente é a de recuperarmos isso. É um grande debate que tínhamos aqui na universidade, de que ela precisa dialogar com a sociedade, de as ideias que ela produzir sejam capazes de, como força motrizes, ajudar no desenvolvimento do Brasil, do Estado e do Município”, afirmou.
Ele citou que, apesar de a ida à UFS fazê-lo lembrar do passado, seu foco é o futuro de Aracaju. “Acho que nós temos grandes desafios que não resolvemos ainda na cidade. Precisamos estudar em Aracaju o limite físico de crescimento da cidade, para onde iremos crescer. O Plano Diretor está estacionado na Câmara e merece uma discussão mais profunda, desapaixonada. A universidade produz esse tipo de conhecimento. Vim trazer essa mensagem, de algo que já acontecia quando eu era prefeito e que precisa ser aprofundado. Aqui na universidade não é lugar de prato-feito, precisamos discutir ideias”, reforçou.