Dois vereadores de Aracaju são presos e oito são afastados pela Justiça
Da redação, AJN1
O advogado Alcivan Menezes Silveira e os filhos Richard Leon Freitas Silveira, Alcivan Filho e Pedro Ivo Santos Carvalho foram presos na manhã desta quinta-feira (15), durante a segunda fase da "Operação Indenizar-se" realizada por várias equipes da Polícia Civil. Eles estavam com as prisões decretadas pela juíza da 3ª Vara Criminal de Aracaju, Valéria de Oliveira Lazar Libório.
Também estavam com preventivas decretadas os vereadores Agamenon Sobral (PHS) e Tijói Barreto Evangelista, o "Adelson Barreto Filho" (PR), que se apresentaram durante a manhã de hoje na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e também estão presos. Eles são acusados de peculato – crime praticado por funcionários públicos contra a administração em geral.
Além das prisões, a magistrada da 3ª Vara Criminal de Aracaju determinou o afastamento e proibição do acesso a Câmara Municipal de Aracaju (CMA) dos vereadores Adriano Oliveira Pereira, o "Adriano Taxista" (PSDB), Agnaldo Celestino Feitosa Filho, o "Dr. Agnaldo" (PMDB), Jailton Santana (PSDB), José Augusto da Silva, o "Augusto do Japãozinho" (PT do B), Daniela dos Santos Fortes (PEN), Valdir dos Santos (PT do B), Emmanuel da Silva Nascimento (PT) e Renilson Félix (DEM). A decisão será comunicada ao presidente da Câmara, Vinicius Porto para que cumpra a decisão. Os vereadores devem permanecer afastados até o julgamento do processo.
A primeira fase da "Operação Indenizar-se", que investiga o uso indevido de verbas indenizatórias da CMA, foi deflagrada em março deste ano. O trabalho investigativo desenvolvido pelo Departamento de Ordem Tributária e de Crimes contra a Ordem Tributária (Deotap) foi uma solicitação do Ministério Público Estadual (MPE), que havia instaurado procedimento civil a partir de um relatório encaminhado pelo Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE) .
Na apuração do MP ficou constatado que 70% das verbas indenizatórias utilizadas por vereadores de Aracaju se concentravam em duas pessoas: o escritório de advocacia de Alcivan Menezes, e a empresa Elo Consultoria, pertencente ao filho dele. A investigação apontou que o esquema teria movimentado, entre 2013 e 2015, mais de R$ 7 milhões em contratos fictícios de locação de veículos e de assessoria jurídica. Ao todo 15 vereadores são investigados.