Dilma convida Eduardo Cunha para participar de debates sobre reforma ministerial

 

Em conversa por telefone nesta segunda-feira (21), a presidente da República, Dilma Rousseff, convidou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para participar dos debates em torno da reforma ministerial que o governo pretende anunciar nos próximos dias.

 

Segundo Cunha, a iniciativa de Dilma seguiu o mesmo ritmo de tentativa de entendimentos com outros nomes do PMDB, como o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, e os líderes do partido na Câmara e no Senado.

 

Cunha disse ter se recusado a participar desse debate específico. "Não é que eu tenha recusado. Eu disse para ela que não há nenhum problema de ir lá e discutir qualquer assunto quantas vezes for necessário, mas esse assunto (reforma ministerial), eu gostaria de não participar desse debate. Não tem lógica eu participar de indicação. Não pretendo participar de indicação: nem concordar nem discordar. O governo é dela, que tem o direito de indicar quem ela quiser".

 

Pedido de impeachment 
 

Cunha recebeu, nesta segunda-feira, o estudo prévio da assessoria jurídica da Câmara que vai servir de base para que ele responda a uma questão de ordem do Democratas sobre a tramitação de um eventual pedido de impeachment da presidente da República.

 

A resposta, que será formalizada ainda nesta semana, deve tratar dos requisitos para aceitação dos pedidos, recursos, prazos, emendas e rito de tramitação. Segundo Cunha, o estudo prévio ainda precisa ser aperfeiçoado em alguns pontos. "Acho que as principais dúvidas já foram debatidas e se chegou a um consenso. Agora, serão formatadas as justificativas. Eu quero fundamentar bem".

 

Pauta de votação
 

O presidente da Câmara também convidou alguns líderes partidários para um almoço, na residência oficial, nesta terça-feira (22). Segundo ele, a intenção é fazer adequações à pauta de votação do Plenário da Câmara, que está destrancada e abre a possibilidade de análise de novas propostas, inclusive de emendas constitucionais (PECs).

 

Fonte: Câmara dos Deputados