Deputado defende que Governo promova “vacina gratuita” contra a dengue em SE

Preocupado com o crescimento no casos de dengue, zika vírus e chikungunya, o líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Valmir Monteiro (PSC), vai apresentar uma indicação ao governador Jackson Barreto (PMDB) e ao secretário de Estado da Saúde, Zezinho Sobral, no sentido que o Governo de Sergipe disponibilize a vacina que combate a dengue, gratuitamente, para a população.

 

Valmir baseia sua preocupação em levantamentos da secretaria de Estado da Saúde, dando conta que os casos confirmados de dengue em Sergipe quase que triplicaram entre 2014 (1.931 confirmações) e 2015 (5.090 confirmações). “Tenho acompanhado o sofrimento de parturientes que estão sob forte tensão por conta da Microcefalia; quem não tem na sua família algum parente que não já tenha sido vítima dessa dengue, do zika ou da chikungunya?”, questionou o deputado.

 

O parlamentar acredita que a vacina contra a dengue, aprovada a pouco pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda vai demorar muito a chegar tanto nos laboratórios particulares e, principalmente, no Sistema Único de Saúde (SUS). “Sei que estamos vivendo em tempos de crise, mas o governo tem que saber separar o que é importante do que é fundamental. Não podemos ver nossos irmãos agonizando com essa doença e nós não podermos fazer nada”.

 

“Acho, inclusive, que o combate ao mosquito é uma questão de consciência social, onde as pessoas precisam ter esse compromisso dentro de casa, não permitindo o acúmulo de água parada. Acho que há boa vontade do governo em acertar, como de todos os municípios. Sendo assim, decidi fazer essa indicação ao governador para que ele faça um esforço e consiga fornecer para os sergipanos, dentro de uma faixa etária considerável, a vacina gratuitamente”, defendeu Valmir.

 

Para o deputado o Estado precisa ter planejamento também no combate ao mosquito. “Vejo algumas ações do governo do Estado junto com o Exército, que são importantes, mas que poderiam já terem um reconhecimento maior. Áreas complicadas, de forte contaminação, ainda não receberam a atenção devida do governo do Estado, que tem focado na capital e em alguns casos isolados no interior”, disse, pontuando que se apenas a vacina gratuita não resolve, ao menos “se aproximará de um controle e até evitar que novos casos sejam registrados”.