Associação que lavava dinheiro das subvenções pode ter envolvimento com Paulinho e Zeca
Da redação, Joângelo Custódio
Até o momento, cinco pessoas foram presas na operação do Departamento de Combate a Crimes da Ordem Tributária (Deoatp) deflagrada nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (24), visando o cumprimento de mandados de busca e apreensão referentes às investigações de empresas que serviam de "laranjas" para lavar as verbas de subvenções da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese).
Na operação, foi preso Wilson Santos Faria. Segundo as investigações, ele é apontado como o cabeça da quadrilha e proprietário da empresa W4 Estrutura e Eventos, que mais recebeu dinheiro das verbas de subvenções. Ele era encarregado de comprar várias empresas de fachada para lavar dinheiro das subvenções que recebia de deputados.
Além dele, foram presos Edvânia Meses, esposa de Wilson, Márcio José Gois, presidente da Associação Sergipana dos Produtores de Eventos (Aspe) – associação que teria recebido dinheiro do deputado cassado Paulinho da Varzinhas e do ex-deputado Zeca da Silva -, e Alessandra Santos Meneses, funcionária de Wilson e laranja de uma das empresas. Foi preso também André Santos Almeida, que foi confirmado como motorista de Wilson.
Todos eles foram levados à Delegacia Plantonista para prestarem depoimento e permanecem lá sob custódia.
Segundo o promotor do Ministério Público, Henrique Cardoso, o principal alvo das investigações é a empresa Aspe. “Nós estamos investigando a empresa Aspe, associação que recebeu as verbas de subvenções e o conjunto de empresas criadas para fazer essa lavagem. Estamos avançando nas investigações para saber onde está o dinheiro e se nós vamos conseguir recuperar esse dinheiro para a sociedade”, disse.
Mais informações em instantes.