Faltou dinheiro, o principal, diz Jackson sobre crise econômica
O governador Jackson Barreto fez um breve apanhado da sua administração nesta terça-feira (22), durante entrevista a emissoras de Tv. Entre os temas abordados, os problemas financeiros que o Estado passa, principalmente no que concerne ao remanejamento da folha de pagamento para o dia 11 de cada mês, e o polêmico parcelamento do décimo terceiro salário dos servidores.
Perguntado sobre o que faltou para conter a crise econômica, o governador foi taxativo. “Faltou dinheiro, o principal. Graças a Deus, a nossa equipe, comandada pelo secretário da Fazenda, teve visão e a capacidade de encontrar essa forma para que o servidor não ficasse sem o décimo terceiro. O Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul estão em situações piores ainda do que a nossa. Houve uma polêmica, mas a maioria dos servidores já está indo buscar o seu pagamento pela fórmula que nós encontramos”.
Jackson fez questão de lembrar que assumiu o comando do governo em maio de 2013 e que, naquela época, os problemas já estavam batendo na porta. “Assumi o governo no dia 27 de maio de 2013, quatro dias depois o então secretário da Fazenda, Oliveira Júnior, disse: ‘Não tenho recursos para pagar os salários dos servidores do mês de junho’. A partir dessa data até hoje a gente tem conseguido pagar a folha. Pagamos 13º de 2013 e de 2014, e promovemos o enxugamento da folha até agora”, relatou Jackson.
Sobre as severas críticas do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Sergipe (Sintese), Jackson disse que o sindicato não é a única preocupação do Governo. “É uma categoria que, se você levar em consideração as lutas, tem recebido salários e benefícios. Justamente o Sintese foi a categoria que não teve nenhum problema para receber o 13º, e estão reclamando de barriga cheia”.
Sobre a questão do parcelamento do 13º, o governador comentou que os servidores podem ter acesso ao valor integral indo até o banco, e disse que a arrecadação caiu em dezembro por causa do corte de recursos. Ele citou a diminuição do valor repassado a Sergipe pelo Fundo de Participação dos Estados (FPE), que, na primeira parcela, reduziu R$ 35 milhões da receita. Ele também afirmou que o ICMS caiu 9%, assim como os royaltes da Petrobras.