SSP investiga homem armado em camarote
A imagem de um homem segurando um fuzil no acesso ao camarote oficial da
Prefeitura de Laranjeiras, a 20 km de Aracaju (SE), durante o
encerramento do Festival de Cultura ocorrido no município tem ganhado
grande repercussão em redes sociais. Ainda não se sabe como a arma foi
parar nas mãos do homem e se ele, no evento, era um segurança ou um
policial à paisana, ainda que a posição dele no vídeo mostre que, de
fato, estava realizando a segurança do evento.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) vai investigar o episódio para e
se algum servidor público forneceu o armamento. Inclusive, o fuzil,
conforme análises preliminares, é de uso restrito das polícias civil e
militar, bem como das forças armadas brasileiras.
Inviável para uso em público
Em entrevista ao program “Jornal da Fan”, o major da Polícia Militar
Marcos Carvalho, afirmou que a arma pode ser um fuzil 762 ou 556.
Afirmou, também, que a arma possui grande alcance e poder de destruição,
e que, além do uso restrito, jamais poderia ser usado em locais que
reúnem grande público. Ele usou o exemplo de que, se a arma for disparada
contra uma pessoa que esteja em uma fila de 20 pessoas, todas elas serão
alvejadas.
À imprensa a Prefeitura do município afirmou que os seguranças da empresa
contratada para fazer segurança interna do evento não estavam armados.
Sobre o caso do homem armado com fuzil, a prefeitura deve apurar o caso.
Já a SSP divulgou uma nota oficial, afirmando que “Sobre a utilização de
uma arma de fogo de grosso calibre, por um indivíduo que fazia a
segurança de um camarote durante a 43ª edição do Simpósio do Encontro
Cultural de Laranjeiras, a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe
informa que o policiamento interno da área do evento foi de
responsabilidade de uma empresa de segurança privada contratada pela
Prefeitura de Laranjeiras. À Polícia Militar, coube o trabalho preventivo
na área periférica da festa, feito com êxito. É importante ressaltar que,
caso fique constatado algum fato criminoso ou que se tratava de uma arma
de uso restrito das forças policiais, o caso será apurado pela delegacia
de polícia local. A Corregedoria da Polícia Civil instaurou
procedimentnopara apurar se arma foi em algum momento fornecida por um
servidor e se pertence ao quatro da instituição”.