Secretaria de Estado da Justiça anuncia concurso público para agente penitenciário
Da redação, AJN1
O secretário de Estado da Justiça, Antônio Hora, anunciou hoje (24) a abertura de concurso público para preenchimento de 312 vagas para os cargos de agente penitenciário. O edital do certame será divulgado dentro de 60 dias.
O anúncio do concurso vem a calhar com o atual cenário de descaso nas unidades prisionais do Estado, que tem computado uma série de fugas em massas, sem contar com a superlotação da população carcerária e do baixo contingente dos agentes prisionais. Para o secretário, o concurso vai reforçar o efetivo dos presídios sergipanos.
“O governador estará encaminhando projeto de lei ao Legislativo com o objetivo de criar novos cargos para a carreira de guarda prisional. Nós temos a pretensão de colocarmos 312 vagas, são 12 vagas visando resolver um problema anterior, já que há uma ação civil pública do Ministério Público nos dando prazo para resolver essa pendência, e as 300 novas vagas a nossa pretensão é de convocação imediata”, revelou Hora.
Ainda segundo o secretário, outro ponto importante foi a determinação imediata do governo para que se pague as horas extras aos agentes dentro do mês, esse problema estaria estimulando os funcionários a desguarnecer as guaritas dos presídios de Glória e Tobias Barreto.
Fugas em massa
Em menos de um ano aconteceram duas fugas em massa no Presídio Regional Senador Leite Neto (Preslen), no município de Nossa Senhora da Glória, Sertão sergipano. A primeira ocorreu no último dia 21 de agosto de 2015. Zarparam 20 detentos durante rebelião que culminou na morte de um agente penitenciário, além de deixar outros dois feridos.
A rebelião escancarou para à sociedade a fragilidade do sistema prisional do Estado. A própria categoria dos agentes prisionais já havia denunciado as condições precárias do sistema e da iminência de fugas. O problema ficou tão sério que o governo chegou a solicitar 75 soldados da Força Nacional, para ajudar os agentes carcerários.
No último dia 18, cerca de 21 detentos escaparam do Preslen. Após rebelião dentro das celas, eles dirigiram-se para os fundos da unidade, lá, utilizaram a tradicional “Tereza”, corda feita com panos e lençóis, para escalar o muro. No momento da fuga, apenas uma das oito guaritas estava funcionando.