SE é o 2º estado com maior taxa de homicídios dolosos do NE, aponta pesquisa
Da redação, AJN1
Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Justiça nesta quinta-feira (15), aponta Sergipe com a 2ª maior taxa de homicídios dolosos do Nordeste, com 45 mortes para cada 100 mil habitantes em 2014, o que representa 999 homicídios naquele ano. O Ceará é o estado com a maior taxa por grupo de 100 mil habitantes: 46,9 homicídios, equivalente a 4.144 mortes.
A região com a maior taxa de homicídios dolosos por 100 mil habitantes do país é o Nordeste (33,76), seguida da Região Norte (31,09) e do Centro-Oeste (26,26). As regiões Sudeste e Sul apresentam taxas menores, 16,91 e 14,36, respectivamente.
Se levado em consideração os números absolutos nacionais, Sergipe ficaria em 16º lugar. A Bahia é o estado que aparece em primeiro lugar, com 5.450 mortes, seguido de Rio de Janeiro (4.610), São Paulo (4.294), Ceará (4.144) e Minas Gerais (3.958).
Os dados, de 2014, estão no relatório Diagnóstico dos Homicídios no Brasil: Subsídios para o Pacto Nacional pela Redução de Homicídios, divulgado hoje pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça.
“Para se ter uma noção comparativa no âmbito internacional sobre essa taxa, países com históricos de guerra civil, como o Congo (30,8), e com altas taxas de homicídio associadas ao narcotráfico, como a Colômbia (33,4), possuem taxas menores que as do Nordeste brasileiro”, informa o relatório.
Metodologia
De acordo com o Ministério da Justiça, o diagnóstico fez um recorte com 80 municípios, localizados nas 26 unidades da Federação e a região administrativa de Ceilândia, no Distrito Federal, somando 81 localidades prioritárias de ação, agregando 22.569 registros de homicídios dolosos em 2014, o que representa, aproximadamente, 50% do total de assassinatos registrados no Brasil.
A intenção do ministério é que o estudo sirva de ferramenta de gestão para os estados no enfrentamento da criminalidade, observando as coincidências entre as altas taxas de homicídio e outros problemas sociais, econômicos e culturais. Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) de 2014.