Policiais militares realizam cortejo fúnebre em protesto à violência em todo o estado
Vestidos com roupas pretas e cruzes em punho, os policiais militares de Sergipe realizaram um cortejo fúnebre na tarde desta terça-feira (20), pelas ruas da capital, como forma de protestar contra a crescente violência que assola o estado, principalmente após as mortes do sargento Filho, assassinado durante um assalto na última sexta-feira (16), e a do policial reformado Luciano dos Santos, que teve a vida ceifada a tiros ao tentar impedir um arrastão dentro de um ônibus no último sábado (17).
A categoria também cobra do governo melhores condições de trabalho e uma política de segurança mais eficaz, além de aumento salarial, promoção imediata, transformação do salário em subsídios e ajuste da carga horária.
“Temos enterrado nossos amigos e irmãos de farda nos últimos tempos. Essas ocorrências geraram insatisfação e medo. Esse cortejo objetiva chamar a atenção das autoridades e da sociedade, para que efetivamente seja feita alguma ação e esse cenário possa mudar”, destaca o policial Wil Guerreiro.
O presidente da Associação dos Militares do Estado de Sergipe (Amese), Sargento Vieira diz que acategoria vem cobrando melhorias há muito tempo. "Estamos cobrando essas melhorias há anos. Muitos PMs fazem bicos para poder complementar a renda em casa e terminam sendo expostos a situações de risco. Isso é injusto. A Polícia Militar de Sergipe tem o sexto pior salário do país”.