PM apreende mais de 570 armas de fogo no 1º semestre de 2016
O Centro de Estatística e Análise Criminal (Ceac) apresentou nesta quinta-feira (16), os dados estatísticos do trabalho da Polícia Militar na Grande Aracaju e no interior do Estado. Os números mostram que de janeiro a maio de 2016, os principais indicadores do trabalho do policiamento ostensivo foram positivos e bem superiores aos registrados no mesmo período do ano passado.
Entre esses indicadores, estão o quantitativo de armas de fogo apreendidas na Região Metropolitana de Aracaju, área atendida pelo Comando do Policiamento Militar da Capital (CPMC). Nos cinco primeiros meses deste ano, a PM apreendeu 404 armas, um acréscimo de 17,78% em relação a 2015, quando foram recolhidas das mãos dos marginais 343 armas.
Neste quesito, o Batalhão de Polícia de Radiopatrulha (BPRp) apreendeu 156 armas, sendo a unidade da Polícia Militar que mais apreendeu armas de fogo.
No interior do Estado, área do Comando do Policiamento Militar do Interior (CPMI), o aumento as apreensões foi de 12,03%, saindo de 152 (2015) para 170 (2016). Vale ressaltar que no mês de maio, graças ao reforço das ações ostensivas, a Polícia Militar atingiu o recorde de 48 armas apreendidas. Para se ter uma ideia do que isso representa, no mesmo mês de 2015 foram apreendidas 17 armas, o que em termos percentuais significa um aumento de 182,36%.
Somando as apreensões da capital e do interior, a PM apreendeu 574 armas de 1º janeiro a 31 de maio deste ano. Como parte da nova política de segurança pública adotada a partir de fevereiro deste ano, o comandante do CPMC, tenente-coronel Vivaldy Cabral, disse que o policiamento ostensivo tem alcançado resultados expressivos porque tem sido realizado com base em análises estatísticas atualizadas e voltado para junção do trabalho das unidades especializadas com o policiamento ordinário.
Essa mudança de foco é uma das causas do aumento de 503,51% nas operações realizadas na Grande Aracaju este ano, atingindo a marca de 1.032 operações em todos os municípios abrangidos pelo CPMC. O número fica ainda maior quando se constata que de janeiro a maio do ano passado foram realizados 171 operações. “Como exemplo desse trabalho podemos citar o município de Barra dos Coqueiros que reduziu drasticamente a quantidade de crimes violentos letais intencionais (homicídio)", explicou o oficial.
A consequência do trabalho direcionado não se restringe a área do CPMC, no interior do Estado o aumento do número de operações foi de 653,16%, saindo de 171 (2015) para 595 (2016). O comandante do CPMI, tenente-coronel Iranildo Campos, atribui os bons resultados alcançados ao aumento da tropa no interior sergipano. "A chegada de novos policiais para o interior foi o principal fenômeno que deu causa ao decréscimo nos índices de ocorrências e o consequente aumento de nossa produtividade" comenta.
Embora o número de operações tenha crescido, perto da quantidade de abordagens feitas pela PM este ano, o número parece pequeno. Afinal, em cinco meses foram 550.270 abordagens, sendo 436.280 (CPMC) e 113.990 (CPMI).
De acordo com o comandante geral da PM, coronel Marcony Cabral, os números positivos apresentados pela Corporação refletem o trabalho que vem sendo feito para para levar tranquilidade à sociedade sergipana. Podemos citar como exemplo do compromisso dessa gestão, a criação do 11º Batalhão na cidade de Tobias Barreto, Sul de Sergipe, e as Forças Táticas nos batalhões de área, que atuam em prol da segurança pública de determinada localidade.
Acionamentos
Uma análise mais qualitativa dos números percebe-se que nem todo acionamento ao 190 gera uma ocorrência policial. No total, o CIOSP recebeu 105.205 ligações, das quais geraram 51.160 ocorrências. Muitos acionamentos são cancelados pelos próprios atendentes que detectam que a chamada se trata de um trote. Ainda assim, a PM registrou aumento de 26,87% no número de ocorrências em 2016, saindo de 40.325 (2015) para 51.160 (2016).
Conduções às delegacias
No período de janeiro a maio de 2016, a Polícia Militar conduziu às delegacias da Região Metropolitana de Aracaju, 2.844 pessoas suspeitas de algum tipo de crime, um acréscimo de 11,31%. No ano de 2015, foram 2.555 prisões. Na área do CPMI, a estatística mostrou que este ano foram conduzidas 966 pessoas para as delegacias do interior.
Um procedimento que recentemente começou a ser feito pela Polícia Militar foi o Termo Ocorrência Circunstanciado (TOC), procedimento feito em casos de pequeno potencial ofensivo, como som alto, entre outros. A estatística registrou 565 casos na área do CPMC e 34 no CPMI.
Fonte: SSP