PC diz que taxista morto em Gararu era cúmplice de sequestro a gerente de banco; família contesta
Da redação AJN1
O delegado geral da Polícia Civil, Everton Santos, disse nesta terça-feira (10), que o taxista Isaías Felipe, morto durante perseguição policial quando transportava dois ex-presidiários, em um trecho da rodovia estadual SE-200, no povoado Cachoeira, município de Gararu, no último domingo (8), era cúmplice de sequestro a um gerente de agência bancária naquela cidade.
Segundo o delegado, as investigações ainda estão em andamento, mas trata-se de um típico sequestro premeditado com a participação do taxista.
“Ele já estaria em Gararu semana passada com os dois delinquentes para participar da reunião que traçaria o sequestro do gerente. No momento da abordagem, tivermos o saldo de três mortos, mas a missão da polícia foi prendê-los e encaminhá-los à justiça. O resultado foi inevitável porque os policiais foram recebidos a tiros”, afirmou Everton.
O delegado disse reconhecer o zelo da família com relação à reputação de Isaías, mas a polícia não tem dúvidas sobre sua participação no esquema. “Reconheço a defesa da família sobre o seu envolvimento, mas a polícia o trata como cúmplice do sequestro. O próprio irmão disse ontem (9) que ele iria para o povoado Sapé, na verdade ele não ia para Sapé, e sim, para Gararu, onde já tinha estado semana passada”, reafirmou ele.
Família contesta
A família de Isaías acredita veementemente em sua inocência, e acusa a polícia de cometer erros na abordagem, além de ocultar informações e provas. “Da SSP não temos informações. O corpo estava escondido no IML, ninguém chegou para agente para dizer que tinham matado nosso irmão. Ele foi um taxista, aconteceu de ele ter pego esses marginais e a polícia tratou ele como marginal. Não deixaram ver o carro nem nada”, disse Cícero, irmão de Isaías, reiterando ainda que “a polícia apagou mensagens no celular”.
O delegado Everton, no entanto, explicou que o corpo de Isaias só foi liberado hoje porque foi removido no domingo para Propriá e depois trazidos para o IML. “Determinei que os corpos fossem trazidos para o IML e enquanto nós buscávamos outras pessoas que poderiam estar participando do crime, nós seguramos os corpos, porque eles só podem ser liberados depois da necropsia e na segunda-feira foram liberados. Todos os documentos apreendidos com o veículo foram apreendidos para perícia”.