PC detalha operação que resultou em 13 prisões
Da redação, AJN1
O depoimento de um homem preso em flagrante, em dezembro do ano passado, quando tentava comprar aparelhos celulares usando documentos falsos e cartões clonados em um shopping de Nossa Senhora do Socorro, foi o ponto de partida para investigação que levou o Departamento de Defraudações e Combate a Pirataria (DDCP), com o apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), a desarticular uma associação criminosa que vinha aplicando golpes pela internet e em estabelecimentos comerciais e empresas físicas de Sergipe, Bahia e Pernambuco.
“É uma investigação longa que permitiu observar os hábitos dos envolvidos, que usavam os cartões clonados na sua vida cotidiana. A prática criminosa consistia essencialmente no uso de cartões clonados no pagamento de serviços ou na compra de bens que eram revendidos”, disse a delegada Rosana Freitas, acrescentando que se somados os valores dos golpes aplicados pela quadrilha se supera o montante de R$ 1 milhão.
A organização criminosa foi desarticulada durante a operação “Ostentação”, que foi deflagrada na manhã de ontem (15) pelo Departamento de Defraudações. O nome é uma referência ao estilo de vida dos envolvidos, que costumavam frequentar lugares de luxo consumindo sempre produtos caros. A operação coordenada pela delegada Rosana Freitas contou com o apoio de equipes de várias unidades da Polícia Civil. Nela foram cumpridos 13 mandados de prisão e 26 de busca de apreensão.
Cerco
A 'Operação Ostentação' se concentrou nos bairros Orlando Dantas, JK, Sol Nascente, Farolândia e Industrial, em Aracaju, em Boquim e Pedrinhas e na cidade baiana de Paripiranga. Foram presos por força de mandados de prisões preventivas Matheus Aniel Messias de Jesus; Fabiana dos Santos Lopes; Dunald Rebouças Chaves Neto; Jotailton Luiz dos Santos Junior; Saulo David Santana Macedo e Pedro Lucas Santana Macedo. No caso de Filipe Diogo Santana Macedo; Lucinéia Alves dos Santos; Dulcevane Ribeiro Santana; Ismael Batista dos Santos Filho; José Edgar Nascimento Reis; Valtenisson José Moura dos Santos; e Jonathas de Brito as prisões são temporárias.
De acordo com a delegada, os acusados também recrutavam pessoas para servirem de “laranjas” e serem responsáveis pelas compras, como forma de evitar a exposição dos principais integrantes da quadrilha. “Como recompensa, os líderes do bando pagavam uma comissão pelo produto que era adquirido”, disse Rosana Freitas, acrescentando que se trata de um grupo organizado, que vinha agindo há muito tempo. Um integrante da quadrilha, identificado como Jeferson dos Santos Lopes, o “Tom Lopes”, ainda permanece foragido.
Pelo que ficou esclarecido nas investigações, os mentores da quadrilha eram Thiago Macedo – que morreu no mês passado -, Mateus, Fabiana, Dunald, Jotailton, Saulo e Pedro. Além de Jefferson que ainda não foi preso. “Tiago é irmão de lucas e Saulo, e namorava Fabiana. Por ele se iniciavam todas as fraudes e determinações para que cada um atuasse”, revelou Rosana Freitas.