PC conclui inquérito que apurou crimes em redes sociais
O delegado de Simão Dias, Clever Farias, concluiu e encaminhou à Justiça o inquérito que apurou o cometimento de crimes nas redes sociais atribuídos a Mozar Cabral de Melo. O fato aconteceu depois que ele foi preso em flagrante, pela Polícia Militar, no dia 17 de maio, portando uma pistola calibre 380, com 39 munições, e liberado após pagamento de fiança.
De acordo com o delegado, após ser solto, o suspeito, que já se passou por policial civil, começou a veicular nas redes sociais diversos vídeos e áudios, dizendo que a Polícia Militar agiu com parcialidade para prejudicá-lo. O acusado também fazia ironias e chacota da atuação policial. Além disso, expôs o filho de 13 anos nos vídeos.
“As pessoas achavam que ele era policial porque já prestou serviço de motorista. Ele costuma emitir diversos áudios e vídeos. É bem polêmico aqui no município. Ele já foi processado por prefeito e por diversas autoridades”, explicou Clever Farias.
O delegado ressaltou que nas investigações foram anexados ao inquérito os vídeos e áudios promovidos pelo suspeito. “Colhemos os vídeos e áudios, onde constatamos uma série de práticas delituosas cometidas pelo investigado Mozar, o qual foi indiciado pelos crimes de calúnia, desacato, incitação ao crime, perigo para a vida de outrem, exposição de adolescente a vexame e porte ilegal de arma de fogo, previstos nos artigos 132, 138, 286 e 331, todos do Código Penal; artigo 232 do ECA e artigo 14 da Lei n.10.826/03”, detalhou.
Juntos, a prática dos crimes pode resultar em 11 anos e seis meses de prisão, caso o suspeito seja condenado às penas máximas previstas legalmente. “Cumpre esclarecer, que Mozar nunca fez parte dos quadros de servidores da Polícia Civil, apenas já prestou serviço nas Delegacias de Simão Dias e Tobias Barreto na função de motorista contratado pelas respectivas prefeituras, não mais exercendo tal função há aproximadamente um ano”, frisou o delegado.
Ainda segundo o delegado, o suspeito não foi indiciado por falsa identidade, porque não é o objeto do inquérito. A pistola Glock está legalmente registrada em nome de Mozar, mas ele não possui autorização para portar em vias públicas, o que pode acarretar na cassação do registro.
*Com informações SSP