PC apresenta envolvidos na morte de empresário de Tobias Barreto

O empresário Adriano Teles, 37,  assassinado em uma lanchonete de Tobias Barreto, no dia 20, teria sido morto por engano numa suposta briga pelo comando do tráfico em uma das áreas do município. Isto foi o que apontou a investigação realizada pelo delegado Edson Nixon a partir das prisões de Rafael Aguiar dos Santos, o “Carroça”, 22, que seria o mandante do crime, e Ranflei Nascimento de Oliveira, 21, apontado como o autor dos disparos. Um terceiro envolvido no assassinato, identificado pela polícia por “Mike”, permanece foragido. 

 

“A origem disso tudo foi uma vingança em razão de dois grupos de traficantes daquela região que estavam se rivalizando há algum tempo. Por isso, não temos dúvidas que Adriano Teles foi morto por estar no lugar e hora errados. Ele era um cidadão de bem e, provavelmente, foi confundido por ter um biotipo parecido com o da pessoa que deveria ter sido morta”, disse o delegado, sem revelar a identificação do verdadeiro alvo dos criminosos.

 

De acordo com o que foi apurado, Mike foi responsável por levar Ranflei, em uma motocicleta roubada, até o local do crime em Tobias Barreto.  Além disso, teria sido Mike quem apontou o empresário como sendo o homem a ser executado. O crime foi registrado por uma câmera de segurança e nas imagens é possível ver Ranflei, que foi reconhecido por testemunhas, passar em frente ao local onde o empresário estava com alguns amigos, cruzar uma rua e no retorno efetuar os disparos.

 

Ranflei foi preso pela equipe do major Ribeiro, subcomandante do 3º Batalhão da Polícia Militar.  O acusado estava escondido no loteamento Jardim Liberdade, bairro São Carlos, zona oeste de Aracaju.  “Durante dois dias fizemos várias campanas no bairro São Carlos, nas proximidades do Bugio, e na quinta-feira tivemos êxito na sua prisão”, destacou o oficial.

 

Segundo o delegado Edson Nixon, Ranflei confessou que ele e Mike foram contratados por Rafael para matar um traficante rival e com isso vingar o assassinato de um homem, que era envolvido com drogas e trabalhava para ele. Além da confissão e do reconhecimento das testemunhas, na casa de Ranflei foi encontrado um chinelo com características similares, ao que era usado pelo executor do empresário.

 

Rafael nega que ser o mandante do crime e afirma que a polícia não tem nada contra ele. “Ranflei inicialmente confessou o crime com riqueza de detalhes, mas agora com medo de Rafael, tenta mudar sua versão”, disse Edson Nixon, acrescentando que Rafael não tinha passagens pela polícia por utilizar-se de outras pessoas para cometer os crimes de seu interesse. Existe a suspeita de que eles integrem uma quadrilha que age na capital e em cidades do interior. Com as prisões, a polícia espera elucidar outros dois assassinatos em Tobias Barreto.

 

*Com informações da SSP