Para família morte de professor teve motivação passional
Da redação, AJN1
Ligações recebidas e oriundas do aparelho celular poderão nortear o rumo das investigações do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) sobre a execução do professor Filadelfo Brandão de Santana, 44. O aparelho já está em poder da polícia e foi encaminhado para Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol) que fará o rastreamento das últimas ligações.
Filadelfo foi morto a tiros no final da manhã desta quinta-feira (11), na avenida Matadouro, no Jardim Centenário, zona Oeste de Aracaju. Ele conduzia o Fiesta de cor branca, quando foi interceptado por dois homens em uma moto, sendo que o carona teria sido o autor dos disparos. Após o crime, a dupla fugiu sem levar nenhum pertence da vítima.
Para os familiares, o crime pode ter motivação passional e relação com o atual romance que a vítima mantinha, há pouco mais de um mês, com uma mulher que reside na localidade onde aconteceu o assassinato. Tido como uma pessoa tranquila e cheio de amigos, Filadelfo atuava como professor de educação física na rede estadual e do município de Frei Paulo. Além disso, era proprietário de uma academia de ginástica.
“Ele era tranquilo. Não tinha inimigos. O que nós sabemos é que veio para Aracaju por volta das 11 horas e combinou com alguns amigos de assistir, a noite, ao jogo entre Confiança e Itabaiana”, contou o irmão da vítima, Marcos Brandão. Segundo ele, sempre que o irmão ia atender a ligações telefônicas da atual namorada procurava ficar afastado e na quinta-feira, antes de seguir para Aracaju, não foi diferente.
As suspeitas da família recaem sobre o relacionamento amoroso que o professor mantinha. A mulher estaria separada, mas era considerada uma pessoa complicada por amigos do professor, que chegaram a aconselha-lo a pôr um fim no romance. Marcos revelou ainda que moradores da avenida, onde aconteceu o crime, informaram que Filadelfo ficou próximo a uma mercearia por mais de 20 minutos e neste período fez e recebeu várias ligações, dando a entender que estava a espera de alguém.
“Confio no trabalho da polícia e acredito que o caso será elucidado. Estamos apenas especulando. Não sabemos se foi ela que colocou meu irmão numa ‘cocó’ ou o ex-marido dela”, disse Marcos Brandão. O corpo do professor está sendo velado na casa de familiares no povoado Mucambo em Frei Paulo e o sepultamento está previsto para ocorrer às 15 horas no cemitério da localidade. A morte de Filadelfo está sendo investigado pela equipe do DHPP, coordenada pela delegada Thereza Simony.