MP acompanha investigação sobre morte de advogado em ação da PC de Sergipe
Da redação, AJN1
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) instaurou procedimento administrativo para acompanhar a investigação da Delegacia de Homicídios de Patos (PB) sobre a morte do empresário e advogado Gefferson Moura, 32, ocorrida durante uma operação da Polícia Civil de Sergipe na cidade de Santa Luzia, no Sertão da paraibano. A ação aconteceu na noite da terça-feira (16) sem o conhecimento da polícia da Paraíba.
O procedimento foi instaurado pelo promotor de Justiça de Santa Luzia, José Carlos Patrício, que já requisitou cópia do inquérito instaurado pela Polícia Civil da Paraíba. “Vamos analisar os depoimentos, as informações e os elementos de prova que venham a embasar o inquérito, para a partir daí, ver quais medidas serão adotadas. O Ministério Público é responsável pelo controle da atividade policial e é essa atividade que estamos desenvolvendo com o objetivo de saber se os fatos estão sendo apurados de forma regular, garantindo aos familiares e à sociedade a resposta adequada sobre o que aconteceu”, disse.
De acordo familiares, Gefferson estava se deslocando no veículo Peugeot de cor vermelha e placa NPT-3549/PB para cidade de Cajazeiras (PB), onde iria prestar assistência ao pai, que está com a covid-19. Eles afirmam que a vítima não andava armada e não tinha qualquer relação com crimes. Os familiares cobram uma investigação isenta e célere para o caso.
A informação passada pela polícia paraibana é que, no acesso a Santa Luzia, estaria ocorrendo uma operação do Denarc de Sergipe com foco o combate ao tráfico interestadual de drogas. Na abordagem ao veículo do advogado, o delegado, que coordenava a operação, teria se identificado e observado um volume metálico entre as pernas da vítima. Ele determinou que o condutor saísse do carro e nesse momento teria ocorrido a suposta reação. Gefferson foi baleado e foi encaminhado ao Hospital de Santa Luzia, mas já chegou ao local em óbito.
O delegado compareceu na Delegacia da cidade de Patos, onde apresentou a sua arma e a que seria da vítima. Ele ainda prestou esclarecimentos. A polícia paraibana solicitou perícias na arma e no veículo da vítima, bem como foi realizada a coleta de material genético do advogado.