Moradores cobram punição para PM suspeito de tentativa de homicídio
Da redação, AJN1
Moradores do conjunto Augusto Franco, na zona sul da capital, realizaram na noite desta terça-feira (17) uma manifestação na avenida Canal 3 para cobrar uma apuração célere e punição para um policial militar, que é suspeito da autoria de uma tentativa de homicídio ocorrida na localidade no domingo (15). A vítima de prenome Chelton, de 28 anos, encontra-se internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).
“A manifestação não foi apenas em prol do meu irmão, mas em prol de outras vidas também. A gente está acostumado a ver esse tipo de situação. São situações que ficam impune. Infelizmente ficam impune. Quando é um caso contrário, de um cidadão matar um policial, no mesmo dia é resolvido, questão de uma semana, horas é resolvido. A gente não quer que fique impune porque do jeito que aconteceu com o meu irmão pode acontecer com qualquer outra pessoa”, disse Charles, irmão da vítima, em entrevista a uma emissora de rádio.
Ele contou que, na noite do domingo, Chelton participava de uma comemoração na localidade, quando duas mulheres começaram a discutir de um lado da rua, uma delas seria namorada de um policial militar, que estava no local e também se desentendeu com outro homem. Como a vítima conhecia uma das mulheres, ela tentou separar a briga e acalmar os ânimos. O policial teria efetuado o disparo que atingiu Chelton e ainda teria tentando alvejar o homem com quem se desentendeu. Depois disso, ele teria fugido em um carro.
Chelton foi socorrido para o Hospital Fernando Franco e depois transferido para o Huse, onde foi submetido a uma cirurgia e permanece internado. Segundo Charles, o estado de saúde do irmão é considerado grave, mas estável.
Outro lado
Em nota divulgada, o comando da Polícia Militar informou que, no final da tarde uma equipe da PM atendeu a ocorrência no domingo, no entanto, segundo populares, o suspeito responsável pelos disparos já não se encontrava no local. Somente na terça-feira (17), a Corporação foi certificada de que o suspeito seria um policial militar. O militar compareceu, de forma espontânea, ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) a fim de prestar os esclarecimentos devidos sobre o ocorrido.
O comando da PM ressaltou que a Polícia Civil fará as investigações necessárias para elucidar as circunstâncias em que o episódio ocorreu.