Mais de 3,7 mil foram encaminhados a presídios em 2017

A Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (Ceacrim) e o Departamento do Sistema Prisional (Desipe) divulgaram nesta sexta-feira, 30, os números de prisões em 2017. E, numa comparação entre os meses de janeiro a novembro, em 2017 foram realizadas 15,5% a mais de prisões que no mesmo período no ano anterior.
Em 2016, houve 3.256 indivíduos foram presos, sendo que destes 2.055 eram novatos e 1.188 reincidentes. Já no ano passado, deram entrada 3.762 pessoas no sistema carcerário sergipano. No número de entradas primárias houve um acréscimo de de 11,4%, totalizando 2.290. Houve também um crescimento de 9,6% em reincidentes com novos delitos, o equivalente a 1.302 presos.
Ações
O Tenente coronel e Comandante do Policiamento Militar da Capital, Vivaldy Cabral, comentou sobre as ações da PM que foram fundamentais para que o número de prisões tenha crescido em relação a 2016.
“Este foi o ano que a PM realizou diversas ações, entre operações policiais e abordagens à pessoas e veículos, sobretudo em ônibus, e isso resultou em várias prisões com a apreensão de armas de fogo e drogas. Com isso, houve esse aumento em relação ao ano passado. Tivemos vários termos circunstanciados que foram lavrados em virtude de flagrantes de crimes de menor potencial ofensivo como perturbação de sossego (som alto), posse de drogas e desacatos. Nas operações, conseguimos recuperar também carros e motos que haviam sido roubados. Vamos continuar com essas operações nas zonas Norte e Sul de Aracaju, bem como na região metropolitana, para diminuir ainda mais o número de ocorrências em 2018”, afirmou.
O delegado e diretor do Coordenadoria Geral de Inteligência da SSP (Cogesisp), Inephânio Cardoso, falou em especial sobre o perfil e crescimento no número de reincidentes. É no setor de inteligência que é feita uma análise dos principais grupos criminosos que atuam em Sergipe.
“Da população carcerária no estado, a maioria dos presos está enquadrada na lei de tráfico de entorpecentes, também por roubos e outros crimes contra o patrimônio. A reincidência acaba se tornando comum, infelizmente, pelo curto tempo de pena que os internos são ordenados a cumprir. Esses números são referentes apenas aos casos em que há encaminhamentos para o sistema prisional. Ou seja, nesse montante, não estão prisões em flagrante com fianças arbitradas pela autoridade policial, prisões com a concessão de liberdade antes do encaminhamento para os presídios e demais casos”, destacou Inephânio Cardoso.