Força Nacional queima prazo com Governo e só deve chegar a Sergipe na sexta-feira, 28

Por Joângelo Custódio, repórter AJN1

Os 150 soldados da Força Nacional que chegariam nesta quarta-feira (26) para ajudar os agentes carcerários em meio ao caos no sistema penitenciário sergipano, anunciado ontem (25) com exclusividade pela AJN1, só vão desembarcar por aqui na próxima sexta-feira (28), e em menor número: 75. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado da Justiça, Antônio Hora. 

 

A tropa virá para o Estado em três grupos, sendo dois por terra, através de viaturas próprias, e um por via aérea, e estará munida com armamentos e munições letais e não letais.

 

Mesmo diante do pedido de urgência por parte do governador em exercício, Belivaldo Chagas, a Secretaria Nacional de Segurança Pública, em conversa por meio de videoconferência com a cúpula de segurança pública de Sergipe, disse que serão enviados apenas 75 soldados até a sexta-feira. A justificativa para a redução de homens não ficou muito clara.

 

Segundo Antônio Hora, eles alegam que há tropas atuando em outros Estados e, se o número de combatentes for insuficiente, a entidade federal se prontificará a ampliar o quadro.

“Intensificamos os contatos com a Secretaria Nacional de Segurança Pública e, hoje, realizamos uma videoconferência e ficou confirmada a presença da Força Nacional na sexta-feira. Serão 75 homens, e não mais 150. Caso esse número seja insuficiente, eles mandarão outros. Um helicóptero da Força Nacional será enviado para nos ajudar. Os soldados farão a segurança externa dos presídios e intervenções dentro das unidades e em operações táticas de urgência, caso haja episódios de rebelião ou fuga. Estamos priorizando os presídios situados em São Cristóvão (Copemcan), em Glória (Preslen) e em Tobias Barreto (Premabas), por concentrarem as maiores populações carcerárias”, explicou Antônio Hora.

O secretário disse ainda que os 75 soldados serão supervisionados pelo comandante da PM, coronel Maurício Iunes, e também pelo diretor do Departamento Penitenciário de Sergipe (Desipe), Agenildo Júnior. 

 

“Precisamos dar um suporte de segurança aos agentes penitenciários. A ideia da Força Nacional é fazer uma grande operação. Ficou acordado que poderá haver uma ação sistemática de recaptura dos fugitivos, envolvendo as polícias Federal, Militar, Civil, Rodoviária Federal, os guardas prisionais do Desipe e a equipe da Força Nacional”, concluiu.

 

Foto: EBC