Estudante é baleada em assalto no Santa Maria

As polícias Civil e Militar até que têm se esforçado, mas para quem reside no bairro Santa Maria a sensação de insegurança persiste em função da ação de criminosos. Na noite de ontem (31), horas depois que a polícia realizou uma megaoperação na localidade, houve registros de um assassinato e de uma tentativa de latrocínio contra um adolescente de 17 anos, que foi baleada na coxa ao se recusar a entregar a bolsa com aparelho celular. Além disso, um professor foi roubado no interior de uma escola que fica próxima a delegacia do bairro.

 

De acordo com familiares, por volta das 18h30 desta terça-feira, a estudante havia acabado de desembarcar do transporte escolar e ao chegar nas imediações do posto de saúde Osvaldo Leite, quando foi surpreendida por dois homens, aparentando ser menores de idade, que estavam em bicicletas. A dupla exigiu que a vítima entregasse os pertences, ela resistiu e acabou alvejada com um tiro efetuado pelos desconhecidos.

 

Após o crime, a dupla fugiu tomando destino ignorado. Populares acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que encaminhou a vítima para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), onde permanece internada. A informação é que ela deverá ser submetida a uma cirurgia para fazer a retirada do projétil que ficou alojado na perna. “Ela já andava assustada, pois já foi roubada três vezes”, desabafou um tio da vítima.

 

Moradores do bairro denunciam que os criminosos quebram as lâmpadas dos postes, como forma de facilitar a ação deles. “O local onde a menina foi baleada estava sem iluminação por causa disso”, contou a dona de casa M.S., 45, acrescentando que é preciso uma somação de esforços para trazer um pouco de paz a comunidade do Santa Maria que é composta em sua grande maioria por trabalhadores.

 

“Mudaram o nome do bairro, mas até agora não conseguiram mudar a realidade. Estamos à mercê da bandidagem, em sua maioria menores de idade protegidos pela lei”, desabafou uma comerciante de 30 anos, que preferiu ficar no anonimato.

 

Segundo a estudante, as pessoas não estão seguras nem dentro de casa. “Os bandidos botam a porta de qualquer um abaixo. Semana passada um vereador foi assaltado e se viu de tudo aqui, até helicóptero. Mas o assalto ao vereador foi apenas mais um crime registrado no bairro”, lamentou.