Crime elucidado pelo DHPP aponta viúva como arquiteta de homicídio
Policiais civis da 4ª Divisão do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), coordenados pela delegada Juliana Alcoforado, em parceria com o Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol) prenderam um quarteto suspeito de planejar e executar a tiros, o pedreiro Manoel Messias Vieira Matos, 50 anos, no último dia 22, no conjunto Albano Franco, localizado no município de Nossa Senhora do Socorro.
Desde o dia 31 de agosto, que a equipe investigava as circunstâncias e os elementos envolvidos no homicídio do pedreiro. Após o recebimento de uma denúncia anônima, efetuada através do Disque-Denúncia (181), informando sobre o veículo utilizado no delito, policiais iniciaram as diligências. Conforme informações coletadas, Manoel Messias teve sua morte encomendada há cerca de 3 meses pela própria esposa, Anália Evangelista dos Santos, 50, posto que pretendia se separar, o que geraria divisão do patrimônio comum.
“Há cerca de 3 meses, Anália acordou o crime com uma amiga de nome Maria Amélia de Oliveira, 46, juntamente com a filha e o genro dessa. Jéssica de Oliveira e Maurício Santos, ex-presidiário, conseguiram um executor direto para o crime”, detalha Juliana Alcoforado.
O executor, Agnaldo Pereira dos Santos Junior, conhecido como 'JÚNIOR', com mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas, em companhia com o comparsa Ricardo dos Santos França, indivíduo que já tinha mandado de prisão por homicídio na cidade de Ilha das Flores, arquitetaram os detalhes finais do crime, junto com Maria Amélia.
Conforme explica a delegada, aquela telefonou para a vítima na véspera do fato e, fazendo-se passar por uma cliente em potencial, solicitou os serviços de pedreiro para o dia seguinte, à noite. “Manoel foi atraído para um local onde Maria Amélia o aguardava dentro de um carro juntamente com 'Junior' e 'Ricardo'. Ao entrar no veículo, a vítima foi assassinada a tiros e seu corpo foi dispensado ali próximo”, explicita.
Na delegacia, Anália, Maria Amélia, Junior e Ricardo confessaram a prática do crime e detalharam o evento. “Junior recebeu a quantia de R$4.000,00 em espécie, mais R$ 1.300,00 para compra da arma, como pagamento para execução do crime. Anália ainda deu à Maria Amélia, a casa na qual morava como sua inquilina, bem como à Jéssica e ao marido Maurício, um terreno situado nos fundos da residência em que vivia com a vítima. Com a morte do companheiro, Anália afirmou que herdaria uma casa e um terreno situados no interior do Estado, além de dois carros, e ainda não teria que dividir com ele a casa em que viviam”, acrescenta a coordenadora da 4ª Divisão do DHPP.
Durante as diligências, foram encontrados como prova do crime, tanto o veículo usado na ação criminosa , quanto um bilhete com as especificações da vítima e seu telefone para contato escrito a punho pela Maria Amélia, na casa e carteira de Junior, respectivamente.
Nenhum deles, segundo Juliana Alcoforado, demonstrou algum tipo de remorso ou arrependimento. A viúva deixou claro que o delito só não valeu a pena porque foi descoberta. Jéssica de Oliveira e Maurício Santos estão foragidos.
Fonte: SSP