Acusados de chacina sentam hoje no banco dos réus

Do AJN1, Ailton Sousa

 

Quase dez anos depois dos assassinatos do professor de artes marciais Aloísio Henrique Silveira Santos, 24, e dos estudantes Jango Vinícius de Jesus Pinto, 20, e Lucas de Oliveira, 15, e da tentativa de homicídio contra Acácio Rodrigues, os quatro réus no caso serão julgados na manhã de hoje (2), pela 5ª Vara Criminal de Aracaju. A chacina aconteceu no dia 11 de junho de 2006 no bairro Coroa do Meio e teria sido motivada por uma discussão ocorrida em um bar.

 

Na época o caso foi investigado pela equipe do Departamento de Homicídios de Proteção a Pessoa (DHPP), coordenada pela delegada Marília Miranda, e apontou como envolvidos na chacina Naldson Alexandre Vieira Santos, Diego Elias Santos Ferreira, Abraão de Jesus Chagas, o “Homem-Bomba” e o policial militar Clélio Rangel Santos Dias. Os acusados foram reconhecidos pelo sobrevivente da chacina, Acácio Rodrigues, que passou detalhes de como aconteceu o fato à polícia.

 

Relembre o caso

 

De acordo com o que foi apurado, depois de uma discussão, que ocorreu no bar Xeiro do Mar, localizado na Orlinha da Coroa do Meio, as vítimas foram embora a pé e ao chegar na rua Waldemar Carvalho, que fica nos fundos do clube do Banese, foram interceptadas pelos acusados, que estavam em uma Honda CG Titan de cor preta e placa HZV 9624, e uma pick-up Saveiro de cor prata e placa HZO-0352.

 

Acácio contou a polícia, que uma das pessoas que estava no carro determinou que as vítimas deitassem no chão. Em seguida, um dos acusados que estava como carona na moto passou a atirar. Em depoimento, a testemunha reconheceu Naldson como sendo o homem que atirou nela e em Lucas e Jango. Já o militar teria sido o autor dos disparos contra Aloísio.

 

Em seus depoimentos Diego, Abrãao e Clelio alegaram inocência e apontaram Naldson como autor dos disparos que vitimaram os estudantes e o professor de artes marciais. O julgamento está previsto para acontecer no auditório do fórum Gumersindo Bessa. A sessão será presidida pelo juiz Edno Aldo Ribeiro de Santana.

 

Na acusação vai atuar o promotor Rogério Ferreira e a defesa dos réus Abrãao e Naldson ficará por conta dos defensores Ermelino Costa Cerqueira e Jorge Valença. Já o advogado Saulo Eloy defende Clelio, enquanto os advogados Antônio Correia e Aurélio Belém defendem Diego.