Estação Espacial Internacional será desativada e lançada no oceano Pacífico

A Nasa anunciou esta semana que a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) será desativada em 2030, e seu destino será Point Nemo, um túmulo aquático no ponto mais remoto do Oceano Pacífico. O local, que fica a cerca de 2,7 mil quilômetros de qualquer pedaço de terra e é conhecido por sua total falta de atividade humana, é uma espécie de cemitério espacial, para onde são enviados satélites antigos e outros detritos espaciais.

Segundo a agência espacial dos Estados Unidos, as pesquisas continuarão a ser realizadas mesmo sem o laboratório. Em comunicado, a Nasa informou que seu objetivo é ser um dos muitos clientes dos provedores de destinos comerciais, comprando apenas os bens e serviços que precisa.

“O setor privado é técnica e financeiramente capaz de desenvolver e operar destinos comerciais de órbita terrestre baixa, com a assistência da NASA. Estamos ansiosos para compartilhar nossas lições aprendidas e experiência de operações com o setor privado para ajudá-los a desenvolver destinos no espaço seguros, confiáveis e econômicos”, disse Phil McAlister, diretor de espaço comercial da agência.

De acordo com a NASA, a transição de sua pesquisa de uma estação espacial própria para o aluguel de espaço a bordo de empreendimentos comerciais promoverá uma economia de US$ 1,3 bilhão somente em 2031. A agência indicou ainda que esse valor poderá “ser aplicado às iniciativas de exploração do espaço profundo”.

ISS está em funcionamento desde 1998

A ISS iniciou as operações em 1998 e, originalmente, foi planejada para funcionar por apenas 15 anos. Do tamanho de um campo de futebol americano, ela orbita a Terra cerca de uma vez a cada 90 minutos e tem sido continuamente ocupada por astronautas desde novembro de 2000.

“A Estação Espacial Internacional está entrando em sua terceira e mais produtiva década como uma plataforma científica inovadora em microgravidade”, destacou Robyn Gates, diretora do laboratório na sede da NASA. “Esta terceira década é um dos resultados, com base em nossa parceria global bem-sucedida para verificar as tecnologias de exploração e pesquisa humana para apoiar a exploração do espaço profundo, continuar a devolver benefícios médicos e ambientais à humanidade e lançar as bases para um futuro comercial na órbita da Terra baixa.”

No ano passado, uma autoridade russa alertou que pequenas rachaduras foram descobertas na estação e poderiam piorar com o tempo, levantando preocupações sobre equipamentos antigos e o risco de “falhas irreparáveis”, informou à BBC News. Em relatório, a agência espacial dos EUA relatou que estava examinando os recentes problemas técnicos do local, mas que “há grande confiança de que a vida útil da ISS pode ser estendida até 2030”.

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