Déficit da previdência dos servidores do Estado já se aproxima de R$1,2 bilhão
Da redação, AJN1
O déficit na previdência do estado de Sergipe foi tema de debate durante a audiência pública realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE) na manhã desta segunda-feira (23). Também participaram representantes das entidades representativas dos servidores, bem como integrantes dos três poderes.
O rombo da previdência, segundo o TCE, já se aproxima do montante de R$ 1,2 bilhão, sendo que, hoje, cerca de 17% da receita mensal do Estado é absorvida para cobrir este prejuízo. Para assegurar as aposentadorias e pensões dos beneficiários atuais e futuros, cerca de R$ 62 bilhões seriam necessários.
A idealizadora da audiência é a conselheira Susana Azevedo, atual responsável pela análise das contas do Sergipeprevidência. Para ela, a ação demonstra o compromisso do TCE "em nortear esse processo de discussão, por ser o guardião maior das contas públicas do estado”.
Para o conselheiro Clóvis Barbosa, presidente do TCE, hoje há uma crise na previdência em todos os estados e na União. "Esperamos sair daqui com uma visão clara quanto ao que se pode fazer para minimizar essa situação", colocou.
O secretário de Estado da Fazenda, Jeferson Passos, também participou do evento. Ele foi prudente ao comentar sobre o rombo. “É preciso atuar no controle da despesa, citando como exemplo a revisão de "benefícios que muitas vezes são concedidos de forma precoce, pessoas se aposentando aos 48 anos de idade, e pensões de pessoas muito jovens que se casam com pessoas idosas para que essas pensões se perpetuem".
Durante a palestra do diretor-presidente do Sergipeprevidência, Augusto Fábio, foram frisados o histórico e a atual situação financeira da previdência em Sergipe. "Como a conjuntura econômica não é favorável, torna-se mais difícil essa gestão do regime próprio de previdência".
Na sequência, o diretor do Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público, Narlon Gutierre Nogueira, disse que é preciso fazer uma perspectiva histórica para compreender como se chegou à situação atual. "Porém, Sergipe não está entre os piores números, o que não significa que não mereça atenção".