Seminário e exposição marcam abertura do Ano Cultural Clemilda

Da Ascom Parlamentar

 

A deputada estadual Ana Lúcia irá homenagear uma das artistas que mais alavancou a cultura popular de Sergipe, Clemilda, com um seminário e exposição sobre a forrozeira. A atividade acontece nesta sexta-feira (4), às 19h, nos estúdios do programa apresentado pela homenageada – o Forró no Asfalto – na TV Aperipê e será transmitida ao vivo pela emissora. A Aperipê fica localizada na Rua Laranjeiras, 1837, vinho ao Instituto de Educação Ruy Barbosa (IERB), antiga escola Normal.

 

A homenagem marca a abertura das festividades do Ano Cultural Clemilda Ferreira da Silva, regulamentado pela Lei 8021/2015, de autoria da deputada estadual Ana Lúcia. De acordo com a lei, tanto o poder público como entidades da sociedade civil organizada poderão ser realizadas ações comemorativas e culturais que promovam a vida e a obra de Clemilda. A lei visa ainda a promoção de debates sobre as contribuições de ritmos musicais como o forró, tiveram no processo de construção da identidade cultural do Povo de Sergipe.

 

“A lei representou um importante passo em busca da afirmação cultural do povo sergipano, na medida em que reconhece a relevância de uma artista genuinamente popular e autêntica como foi Clemilda, uma mulher progressista, uma artista do povo e que sempre divulgou a cultura popular brasileira, sobretudo a nordestina, onde quer que fosse”, avalia a autora da propositura.

 

Programação

 

A homenagem conta com um seminário sobre as contribuições dadas pela forrozeira à cultura sergipana. Para apresentar um pouco da vida e da obra de Clemilda, estarão presentes o fundador do Grupo Teatral Mamulengo Cheiroso, Augusto Barreto, o pesquisador e idealizador do Fórum do Forró, Paulo Corrêa, a presidente da Funcaju, pesquisadora de folclore e cultura popular Aglaé Fontes, e o Secretário de Estado da Cultura, Elber Batalha.

 

O evento será marcado ainda por uma mostra de banners educativos sobre a vida e a obra da cantora alagoana, que adotou o estado de Sergipe como sua casa. A deputada e curadora da exposição, Ana Lúcia, explica que, após o lançamento, a mostra poderá ser solicitada para ser exposta em escolas e espaços públicos. O objetivo é que a exposição circule em espaços públicos como forma de proporcionar à população sergipana, em especial aos estudantes e professores da nossa escola pública, a oportunidade de conhecer a memória e as contribuições deixadas por Clemilda para a cultra de Sergipe.

 

Sobre Clemilda

 

Mulher determinada e progressista, Clemilda ocupou um espaço historicamente dominado pelos homens. Amante da cultura popular, ela foi uma das artistas que mais divulgou a cultura nordestina e, em especial, a sergipana.

 

Nascida na pequena cidade de São José da Laje, em Alagoas, Clemilda era filha de um pedreiro e de uma empregada doméstica. Foi mãe aos 16 anos, e aos vinte 20, já era divorciada e mãe de 2 filhos. Deixou a família em Sergipe e foi tentar foi buscar uma vida melhor no Rio de Janeiro. Lá, Clemilda se tornou artista de rádio e cantora de forró.

 

Despontou como artista cantando em um programa de calouros, numa rádio que ficava próxima do local onde trabalhava como garçonete. Foi na rádio que Clemilda conheceu seu companheiro até o fim da vida, o também forrozeiro Gerson Filho, com quem dividiu a carreira e a vida. Com Gerson, Clemilda teve mais dois filhos e vieram viver em Sergipe.

 

Ao lado de Gerson Filho e em carreira solo, a cantora e compositora gravou verdadeiras pérolas do autêntico forró pé-de-serra, sempre enaltecendo o seu amor pelo Nordeste e seu carinho especial por Sergipe, terra que ela escolheu e que o seu povo a acolheu tão bem. Nessa trajetória, Clemilda se tornou um dos principais nomes da Música Popular Brasileira.