Orsse trará um repertório de clássicos como “O Quebra Nozes” e o “Lago dos Cisnes”no próximo dia 24

 

Três compositores, três estilos, três épocas diferentes e uma linguagem em comum.  O concerto “Meia Noite em Paris”, apresentado pela Orquestra Sinfônica de Sergipe nesta quinta-feira, 03, trouxe ao público uma amostra dos sentidos da musica francesa, viajando pela Belle Époque na virada do século XIX para XX, pelo o barroco do século XVIII e o pós-guerra, nos anos 50. O Próximo concerto acontece no dia 24 de setembro, às 20h30, no Teatro Atheneu e trará um repertório de compositores, como peças de clássicos do balé, como “O Quebra Nozes” e o “Lago dos Cisnes”.

 

O concerto, que dá continuidade a Série Cajueiros, lotou o Teatro Tobias Barreto com público de todas as idades. Desta vez, o repertório musical foi inspirado no filme do cineasta, Woody Allen, que leva o mesmo nome do concerto. Na ficção, um escritor realiza passeios noturnos por Paris onde, magicamente, é transportado para outras décadas, conhecendo os intelectuais, artistas e encantos da cidade luz em cada época.

 

“Nós músicos, na nossa abordagem, não podemos simplesmente olhar o compositor de longe. Temos que entrar no seu ideal composicional, artístico e, sobretudo, nas suas emoções. Então, cada interpretação nossa, é uma forma de revisitar toda a ambientação daquele compositor e tentar transportar isso aos dias de hoje através da música. Neste caso, escolhemos três compositores de épocas muito peculiares da frança”, explicou o maestro titular da Orsse, Guilherme Mannis.

 

A primeira das obras apresentadas foi o “Prelúdio para a tarde de um fauno”, de Claude Debussy (1862-1918), seguida da suíte da ópera “Castor et Pollux”, de Jean Philippe Rameau (1683-1764) e encerrando com a “Sinfonietta”, de Francis Poulenc (1899-1963).  Embora cada época tenha suas características específicas, todas as peças carregam delicadeza e um traço específico da música francesa.
Segundo a harpista Thais Rabelo, por ser mais suave, a música francesa acaba valorizando cada instrumento separadamente. “A primeira peça, sobretudo, tem vários momentos especiais para a harpa. O Debussy, assim como muitos impressionistas, procura um contraste timbrístico de cada instrumento e por isso aproveita muitas das características da harpa. Já a peça do Poulenc, a harpa é utilizada de uma forma bem diferente, mais marcada e forte”, contou.

 

Na opinião da professora universitária, Miriam Faria, a orquestra tem um papel fundamental para a cultura do Estado. “Além da beleza das composições, a Orsse traz para o público uma condição sobre a história da própria música e a influencia que ela tem sobre a nossa própria condição. Com isso, o publico vai se transformando e a Orquestra vai transformando o público”, argumentou.

 

Já a analista de sistemas, Letícia Eifler, ressaltou sobre o trabalho desenvolvido pelo diretor artístico da Orsse, Guilherme Mannis. “Trabalho do maestro tem sido fantástico, ele realmente está conseguindo formar um público de música clássica aqui em Aracaju. O concerto foi maravilhoso, com uma música suave e agradável. Estão todos de parabéns.  

 

A Orsse é uma realização da Secretaria de Estado da Cultura do Governo de Sergipe.

Fonte: Ascom Secult