“O Gambito da Rainha”, da Netflix, é a minissérie recomendada para este fim de semana

Da redação, AJN1

O portal AJN1 assistiu à minissérie original da Netflix “O Ganbito da Rainha”, a mais vista da Netflix, alcançando 62 milhões de assinantes mundo afora, e se surpreendeu com a qualidade da produção e da direção assinada por Scott Frank. Baseado no livro homônimo de Walter Trevis, a minissérie conta a história de Elizabeth Harmon (Taylor-Joy), uma jovem que sobrevive ao acidente de carro que resulta na morte da sua mãe, e conhece o xadrez durante sua estadia em um orfanato, revelando, desde pequena, uma habilidade fora de série, aliás, Elizabeth é um prodígio, um gênio no tabuleiro.

Além de popularizar a prática do xadrez, principalmente entre meninas, a produção passa mensagens fortes sobre a realidade dos anos 1960 e 1970, expondo o machismo descarado, a subserviência da mulher e as dificuldades enfrentadas por crianças em orfanato, que esperam longos anos para serem adotadas, se é que conseguem.

Para transformar o livro em uma minissérie original da Netflix, o diretor e roteirista Scott Frank contou com a ajuda de dois gênios do xadrez: o russo Garry Kasparov, considerado o maior jogador de todos os tempos e três vezes campeão mundial; e o americano Bruce Pandolfini, um dos instrutores mais renomados da história e consultor de Tevis.

O Gambito da Rainha se passa nos EUA e acompanha Beth em alguns torneios internacionais – como na França e na Rússia. Acontece que, naquela época, as mulheres não podiam participar do Campeonato Mundial de Xadrez. O direito só foi conquistado na década de 80, quando a palavra “homem” (“men’s”) saiu do nome oficial do evento. A mudança veio a partir dos esforços de Susan Polgár, uma jovem húngara que defendeu a equidade de gênero e, inclusive, propôs o termo “aberto” (“open”) para designar a competição.

Vale a pena assistir.