Espaço Cuidar do Bugio comemora Folclore com ‘Semana das Artes’

Boitatá, Boto Rosa, Cobra Grande, Curupira e Caipora, Iara, Negrinho do Pastoreio, Saci Pererê, Mula sem Cabeça. Essas são apenas algumas das lendas do folclore brasileiro, nascidas da cultura popular, transmitida de geração em geração. Comemorado nacionalmente no dia 22 de agosto, o dia do Folclore ganhou uma semana inteira de programação, iniciada na segunda-feira (15), no Espaço Cuidar do Bugio, da Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh).

 

Contando com o envolvimento da comunidade local, a 'Semana das Artes' inclui apresentações dos alunos das Oficinas do Bem, das turmas de dança, biscuit, teatro, violão, percussão, canto e grafite; além de aulas de ginástica e de informática. Na oficina de grafite, que foi a primeira da semana, os participantes não se limitaram a fazer as primeiras artes e coloriram o espaço.

 

Morador do Bugio, Kaelisson Vieira, já tinha conhecimento do grafite desde os 9 anos, quando começou a desenhar e foi para a rua praticar. “É importante ter essa oportunidade de fortalecer o grafite, que ainda é muito discriminado. O grafite é uma forma de expressão mundialmente conhecida. É uma arte que expressamos para que as pessoas vejam o que estamos sentindo", ressaltou Kaelisson.

 

O instrutor Rafael Santos, que trabalha com grafite há dez anos, fazia desenhos quando simpatizou com a arte e decidiu fazer seus primeiros experimentos. “Essa é minha primeira experiência ministrando aulas de grafite. Gostaram de alguns trabalhos meus e, como também sou morador do bairro, me convidaram para ser oficineiro. Ainda existe uma resistência com essa arte. Alguns têm preconceito, pois associam esse ofício a pichações. Mas essa prática é uma forma de expressão cultural, na qual a arte vai além de um simples desenho e se torna uma crítica”.

 

De acordo com a coordenadora do Espaço Cuidar do Bugio, Jussara Santos, serão seis dias de atividades e qualquer pessoa que tiver interesse pode participar. “O Folclore é um elemento muito rico da nossa cultura, por isso pensamos em uma programação recheada de opções. O objetivo é acolher as pessoas para que elas se sintam motivadas a participar daquilo com que têm mais afinidade. Assim, nossa equipe busca fazer com que as oficinas estejam à disposição dos participantes. Dessa forma, eles podem se descobrir, através das práticas e quem sabe, mais tarde, podem se tornar mestres”, pontuou.

 

Terceira Idade

 

Também no primeiro dia da programação comemorativa, o Forró do Bom reuniu moradores da terceira idade do Bugio, para um momento de descontração e muito arrasta pé. As aulas de forró do professor Reginaldo já acontecem há um ano e meio no espaço, e movimentam uma das turmas mais animadas do local, que faz questão de participar da Semana de Artes.

 

Fonte: Ascom/Secult