“Zefa da Guia: parteira do Sertão” será exibido dia 8
A Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju) vai exibir na próxima quinta-feira, 8, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, o documentário ‘Zefa da Guia parteira do Sertão’. A sessão tem início às 16h, no Centro Cultural de Aracaju. O documentário mostra a força da parteira que fez fama no Sertão sergipano. A produção e direção é de Dida Araújo e Jaqueline Moura.
Dida Araújo ressalta que a ideia do documentário nasceu em 1999 e busca valorizar a arte de ser parteira, por meio do registro de vida da sergipana, nascida no município de Poço Redondo, a 139,9 km da capital. “Eu trabalhei em uma TV e fizemos uma matéria com dona Zefa. Registramos um parto na comunidade Serra da Guia, em Poço Redondo. Desde aquele dia, achei que uma reportagem não contemplaria a força daquela mulher, que me deixou muito comovido”, explica.
Dida afirma que Zefa da Guia é uma mulher firme, analfabeta, mas com uma sabedoria que o impressionou. “Pensei: um dia irei fazer algo para essa senhora. O tempo foi passando, e entrei na universidade para fazer Cinema e Audiovisual, e no primeiro dia de aula, o professor perguntou se a gente tinha noção do que queria apresentar no final do curso. Contei essa ideia de falar da valorização da parteira Zefa da Guia, a mulher parteira e sua importância naquela região”, diz.
A pesquisa começou em 2015 e resultou no documentário de 25 minutos de duração. “Eu já tinha alguns arquivos sobre a vida de dona Zefa e, a partir do ano de 2016, o documentário começou a ganhar forma. No terceiro período do curso, Jaqueline Moura ficou interessada e decidimos fazer juntos. Tivemos quase um ano para pesquisar, produzir e editar o documentário, e, agora na semana da mulher promovida pela Funcaju, iremos apresentar o trabalho de conclusão de curso que conta a vida dessa mulher batalhadora, dona Zefa”, explica o cineasta.
Segundo ele, o dia do lançamento será especial. “A personagem tem um carisma singular e a história de vida dela, como líder comunitária, como mulher, como desbravadora, guerreira, exemplar e forte. Essa mulher participa de congressos nacionais e internacionais, mesmo sem saber ler e escrever. A sabedoria popular dela é muito forte e interessante. A Zefa da Guia que busca seu espaço e representa várias outras mulheres e isso faz com que as pessoas queiram conhecer mais sobre sua vida”, conclui Dida Araújo.
Com informações da Funcaju