Dia Nacional do Escritor: Sergipana Ilda Rezende é homenageada

A Fundação Cultural Cidade de Aracaju, por meio da Biblioteca Municipal Clodomir Silva, comemorou no último sábado, 25, o Dia Nacional do Escritor, que teve como homenageada a sergipana Ilda Rezende. A comemoração fez parte do projeto Literaturação (Lite), uma roda de leitura que uma vez ao mês reúne dezenas de jovens que enxergam nas obras literárias um mundo com novas possibilidades de aprendizado e diversão.

A cada encontro, um novo tema a ser debatido. Desta vez, o assunto escolhido foi o Tempo. Estrofes de poemas dos autores Carlos Drumond de Andrade, Chico Xavier, Adélia Prado, Marta Medeiros, Clarice Lispector e Cora Coralina iniciaram a roda de leitura, onde cada presente deu a sua contribuição. De acordo com a coordenadora Maruze Reis, o encontro não se limita apenas ao incentivo da boa leitura, mas também induz ao jovem a analisar seu próprio mundo.

“Aqui nós associamos toda a produção literária à própria rotina. Hoje nosso tema foi o tempo. Discutimos aqui o que fazemos com ele, como administramos e até mesmo como nossos antepassados viviam este tempo. Toda essa reflexão nos incentiva a expressar no papel nossas vivencias, o que resulta em grandes produções literárias” falou.

Um grande exemplo disso é a escritora sergipana Ilda Rezende que, além de ser homenageada no Dia Nacional do Escritor, trouxe para os jovens, através da sua história de vida, um estímulo, tanto para leitura quanto para a produção literária. “Eu sempre gostei muito de ler, desde revista em quadrinhos, romances até as mais belas obras de Drumond. Escrever também sempre foi, para mim, um prazer, mas nunca imaginei que um dia eu teria uma obra minha publicada”, disse Ilda que lançou seu primeiro livro aos 76 anos de idade.

A história de Ilda é muito parecida com a da escritora Cora Coralina, que também teve sua obra debatida durante o encontro. O livro apreciado foi a publicação recentemente lançada intitulada Cama de Vento. Recheado de poemas, o livro traz um apanhado de histórias vividas e detalhes do cotidiano percebidos pela sensibilidade da escritora.

“A magia da poesia está na interpretação e na forma como cada individuo enxerga aquela história, muitas vezes de maneiras bem diferentes. Hoje estou mostrando aos jovens que a literatura não está presa a um paradigma. Para fazê-la basta apenas ter imaginação”, completou.  A manhã foi encerrada ao som do poeta João Love. O Lite acontece sempre no penúltimo sábado do mês, sempre pela manhã, na Biblioteca Municipal Clodomir Silva.

 

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