Cultura forte e florida marca novo livro da Edise

A pedagoga, cordelista e presidente fundadora da Academia Sergipana de Cordel, Izabel Nascimento lança a sua mais nova obra ‘Sementes de Girassóis’, em parceria com a Editora Diário Oficial do Estado de Sergipe – Edise.

O lançamento ocorre no dia 22 de setembro, às 18h, na Sociedade Semear, localizado na Rua Vila Cristina, 148, no bairro São José, em Aracaju (SE). O evento conta ainda com um recital de poesia e música, valorizando a cultura local, e apresentará um pouco mais sobre o trabalho da artista.

Izabel, filha de pais poetas, Pedro Amaro e Ana Nascimento, formou-se diante de um processo histórico e literário do cordel, apresentado em sua conhecida trajetória. Tomando conta de um espaço, supostamente masculino, a cordelista tem uma função de suma importância para a cultura sergipana, que carecem da presença de uma poetisa inspirada e engajada, que assume o seu papel feminino e aspira conquistar seu território no universo cordelístico.

O prefácio, escrito pelo seu pai, Pedro Amaro, conta sobre como a arte, as flores e a poesia sempre fizeram parte da vida da cordelista, sendo assim, realça: ‘‘Ao visitar minhas felizes memórias, afirmo que esta obra literária não nasceu agora. Izabel resolveu trilhar, passo a passo, o caminho da poesia e foi ficando mais forte e determinada a cada desafio.’’.

A ‘Sementes de Girassóis’ leva em sua representação diversos significados, que nutre os sentimentos mais puros pela arte. A cor amarela traz consigo o significado de alegria, e o Girassol que busca a luz apesar de todas as adversidades e a poesia como elixir de sua alma feminina, plena, livre e feliz.

A obra produzida pela cordelista é o resultado de um trabalho desenvolvido por três anos nas redes sociais. Percebe-se a cada cordel a paixão expressada pela autora, suas peculiaridades e conotações bem elaboradas.

Izabel afirma que o cordel foi uma herança familiar, sendo ela filha de pais cordelistas, desde muito cedo viveu cercada pela poesia e pela cultura que a inspirou a seguir pelo mesmo caminho dos pais. Realiza em suas poesias a descrição do seu cotidiano, do sentimento único, mas também aceita sugestões diversas. A autora ainda ressalta que nunca escreve sobre o que não gosta ou concorda, e não transforma em poesia algo que vá de contra os seus ideais.

“O que seria da sociedade sem a arte? A arte é um exercício de liberdade, quando se expõe as angústias e necessidades. A identificação e conexão para com o artista forma uma corrente que transforme pessoas, e em seguida, transforme, quem sabe, o mundo. Em uma sociedade pessimista, onde as pessoas estão, sob todos os aspectos, desacreditadas, é bom ser uma possibilidade de esperança nos corações do povo”, diz Izabel Nascimento.

Segundo a autora, a Edise vem a muitos anos incentivando o cordel. As publicações de diversos cordelistas. Sendo realizada também a publicação de um cordel do qual teve participação, juntamente com seu pai, o cordel “De pai para Filha”. “É uma boa parceira que traz inovação, com o elemento da tecnologia, tendo o cordel alcançado todos os espaços, levando assim, a cultura mundo afora”, afirma Izabel.

A obra teve a sua criação de forma inversa. Pois, principalmente no cordel, o comum era iniciar-se em folheto para só depois ir para o mundo digital. ‘Sementes de Girassóis’ teve o seu início em publicações virtuais, onde ganhou forma e tamanho, e com a sua ex pansão, pôde vir a ser impresso.

Mílton Alves, diretor Industrial da Empresa de Serviços Gráficos de Sergipe – Segrase destacou a relevância do livro publicado para a elevação da cultura sergipana. “O livro da cordelista Izabel Nascimento retrata a riqueza da nossa cultura. Acima de tudo, por termos uma mulher inserida no cenário artístico, mais especificamente o cordelístico. Expandir essa poesia é trazer para os mais jovens o que nosso Estado tem a oferecer de melhor, exemplo, Izabel Nascimento”, ressalta Mílton Alves.

Fonte: Edise