Contar estórias é aprendizado no “Projeto Hora do Conto”

Brincar, sorrir, absorver novos conhecimentos e, ainda, viajar por diversos lugares diante do imaginário. O incentivo à leitura é a proposta do "Projeto Hora do Conto", implantado pela Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju) e desenvolvido pela Biblioteca Municipal Clodomir Silva, unidade do órgão. E, dentro do imaginário, no palco iluminado da vida, crianças e adultos têm a oportunidade de passar momentos agradáveis com os contadores de estórias. Na tarde do último dia, 23, foi a vez da Escola Maternal Marilda Leite, localizada na rua Frei Paulo, 682, bairro Suissa.

 

É corriqueiro os profissionais da Biblioteca Clodomir Silva receberem em suas dependências alunos de escolas e instituições, mas, também consta no segmento do projeto, a visita de bibliotecários e contadores de estórias em locais onde são solicitados. E, munidos dos seus apetrechos, saem em comitiva para levar o saber, o despertar do interesse pela leitura e, sobretudo, fazer transcender a emoção e a perspectiva de tudo é possível, basta imaginar.

 

É um ledo engano quem acredita que somente crianças brincam do faz de conta. Adolescentes e adultos também têm se encantado com a contação de estórias. Aprendem que o imaginário pode ser transformado em momentos de prazer e, porque não em aprendizado. A técnica utilizada pelos profissionais da Clodomir Silva, impulsiona os espectadores a dar continuidade no seu dia a dia deixando de lado o estresse.

 

As estórias

 

Sempre num ritmo inovador, os contadores de estórias se adequam a temáticas ou ainda, transformam em "realidade", textos de diversos autores. Especificamente para as 97 crianças que prestigiaram a contação de estórias, os contadores usaram a criatividade para falar-lhes sobre o reino animal, utilizando o texto do escritor Ronaldo Simões.

 

A estória retratou sobre Naitá, uma borboletinha muito medrosa, mas que conseguiu superar as suas dificuldades por meio do amor. Com o apoio da natureza, a borboleta consegue mostrar a beleza de si e para o próximo.

 

Ainda, foram trabalhadas estórias resgatando a história de Aracaju, considerando o mês de aniversário da capital sergipana; contos envolvendo o circo e a Páscoa, todos inseridos em temáticas do mês de março. E, entram em cena, encantando as crianças, a bibliotecária e contadora de estórias, Ivany Braz de Jesus Oliveira e o acadêmico de letras e também contador de estórias, Matheus Luamm Santos Formiga Bispo.

 

Para Ivany Oliveira, que conta com 10 anos de experiência na área, é uma realização pessoal. "A gente observa a ansiedade, o sorriso, a surpresa nos olhares das crianças e, ainda, o sorriso. Quer coisa melhor do que isso?", diz. 

 

A contadora também destacou que ao se expressar, todos se envolvem em uma magia. "A reação do adulto é a mesma da criança", afirma Ivany, acrescentando que o público adulto também sorri, se emociona e embarca no mundo da imaginação.

 

Matheus Bispo também lembrou que são utilizados recursos para a contação de estórias, a exemplo de bichinhos de pelúcia, músicas, danças e, principalmente, a expressão corporal. "A gente também se diverte e aprende com a criançada. É um sentimento de gratidão ao proporcionar momentos de prazer, alegria e, sobremaneira, levamos o conhecimento", comentou. 

 

Aprendizado

 

Na oportunidade, a assistente social da Escola Marilda Leite, Eleuza Barreto, parabenizou a equipe da Biblioteca Clodomir Silva, esclarecendo que, por meio das estórias, os alunos aprendem e repassam as informações para a família. "A criança tem um poder de assimilação muito grande e, principalmente quando aprendem de uma maneira descontraída e divertida", garantiu.

 

A assistente social informou que desde o ano passado, a cada dois meses a "turma" da Clodomir está presente naquela escola, sempre apresentando estórias inéditas. "O pessoal é muito criativo durante as apresentações", concluiu.

 

Fonte: Funcaju