Centro Cultural sedia debate sobre violência contra a mulher
Debater e conscientizar sobre o papel dos meios de comunicação no combate à violência contra a mulher foi tema de roda de conversa na tarde dessa quarta-feira, 6, no Centro Cultural de Aracaju (antiga Alfândega), unidade da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju). O evento é uma realização do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, através da Coordenadoria da Mulher e foi mediado pela Juíza Coordenadora da Mulher do TJSE, Adelaide Moura e pelo Diretor de Comunicação do TJSE, Euler Ferreira.
A juíza Adelaide Moura iniciou a conversa ressaltando a importância das ciências sociais e do jornalismo estarem inseridos na construção das políticas públicas. “O jornalismo é o maior alicerce de construção social e tem o papel de documentar, fazer um levantamento de dados e apresentar a sociedade”, enfatiza.
Na oportunidade, a radialista Magna Santana chamou atenção para a necessidade de um maior aprofundamento nas matérias jornalísticas, que raramente debatem as causas desse tipo de violência. “Temos que estar atentos enquanto mídia, esses casos não podem se transformar apenas em números, em fatos a ser noticiados”, diz.
Para a professora Renata Malta o destaque que a publicidade tem é um grande papel na naturalização da violência e objetificação da mulher. “Essa agressão começa com a apropriação do corpo feminino, que a publicidade constrói colocando o corpo da mulher como um objeto. Todas essas representações estão afiançando esse processo, por isso é necessário uma atuação mais efetiva do Conar”, fala.
Participação
A roda de conversa contou com a participação do jornalista Cláudio Nunes; da radialista Magna Santana; da coordenadora do curso de jornalismo da Unit, Valéria Bonini; da professora de comunicação da UFS, Renata Malta e de Jonatas Menezes, professor de pós-graduação em antropologia.
Lançamento da exposição de arte da “Gênese à Liberdade”
Ao fim do evento, foi realizada a abertura da exposição de esculturas "Da Gênese à Liberdade", assinada pelo artista plástico Antônio da Cruz. As esculturas retratam o tema da violência contra a mulher com a apresentação em 13 telas, em um trabalho de arte inédito no Estado. A exposição estará aberta ao público até a última semana de agosto, de segunda a sexta, das 9h às 17h, no Centro Cultural de Aracaju (antiga alfândega).
Fonte: AAN